Stef jamais pensou que pudesse se apaixonar por alguém que nunca havia visto antes, até que as Olimpíadas de Paris começaram, e junto com elas, surgiu uma paixão pela capitã da seleção de vôlei feminino, Gabi Guimarães. Mesmo frustrada por não ter s...
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Stefany Martins
Eu estava aplicando meu hidratante labial quando bateram à porta. Ao abrir, me deparei com Rosamaria, deslumbrante como sempre. Ela usava um vestido preto curto, que marcava todas as suas curvas de forma impecável, e sapatos fechados, simples, mas elegantes. Sua boca, tingida levemente de vermelho, contrastava lindamente com seus olhos claros. Não havia dúvida: ela era uma das mulheres mais bonitas que eu já conhecera.
— Você está linda. — ela disse, me surpreendendo. Perto dela, eu me sentia tão básica. Rosamaria sorriu, analisando-me com aquele olhar que ela sempre lançava, sem nunca carregar malícia. Era apenas sua forma de me observar.
— Olha quem fala! Quem é Gisele Bündchen perto de você? — rebati, tentando retribuir o elogio. Ela revirou os olhos, rindo.
— A Gabizinha vai ter um treco quando te ver.
— Essa é a intenção. — respondi, piscando de forma provocativa. Naquela noite, eu havia optado por uma saia bem curta, levemente solta, combinada com uma blusinha de tule por cima de um top de alças finas. Nos pés, coloquei um salto que me obriguei a usar para não parecer tão baixinha perto de tanta gente alta.
— Seu olho está melhor? — ela perguntou, observando-me com atenção.
— Está sim, foi só muito sangue para um corte tão pequeno.
— Sabe... — ela riu, de forma travessa. — Acho que a nossa capitã estava mirando na sua ex.
— Bom, se for isso, então ela é bem ruim de mira. — disse, rindo, tentando ignorar o friozinho na barriga que ainda sentia ao pensar em Gabriela. — Ela vai? — perguntei, curiosa.
— Ela já foi. — respondeu Rosamaria, me pegando de surpresa. — Eu vim porque quero ir no seu carro. Adoro ele.
— Sério? — falei enquanto fechava a porta e logo estávamos a caminho da garagem. — A Gabriela detestava a minha Lambo, disse que não era um bom carro para pessoas altas.
— É desconfortável mesmo, mas eu me sinto uma gangster poderosa nele. — ela disse, e eu ri alto, jogando a chave para ela, que pegou com facilidade.
— Então você dirige, chefona do crime.
Rosamaria tinha escolhido o restaurante daquela noite. Segundo ela, preferia uma balada, mas, por respeito à Nyeme, optou por algo mais calmo. Era um restaurante bem popular, estilo americano, com direito a karaokê e decoração retrô. Não demorou muito até que chegássemos lá. Fomos praticamente as últimas a entrar.
Todas as meninas do time já estavam presentes, assim como a equipe de saúde. Da comissão técnica em geral, apenas Thaísa tinha ido, e ela conversava animadamente com Gabriela e Carol. De longe, vi Rômulo acenando freneticamente para mim, como se quisesse chamar a atenção do restaurante inteiro.
