Stef jamais pensou que pudesse se apaixonar por alguém que nunca havia visto antes, até que as Olimpíadas de Paris começaram, e junto com elas, surgiu uma paixão pela capitã da seleção de vôlei feminino, Gabi Guimarães. Mesmo frustrada por não ter s...
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Abril de 2028 Stefany Martins
Abril finalmente havia chegado, trazendo consigo uma agenda cheia de eventos inusitados para o time de vôlei. A programação começava com o Centro de Desenvolvimento de Voleibol aberto para visitas, onde tanto os times femininos quanto os masculinos eram exibidos como se fossem parte de um zoológico — palavras da sempre sincera Gabi Guimarães. Ela vivia reclamando dessa "exibição", mas era nítido o quanto se alegrava ao receber o carinho de seus fãs e os inúmeros presentes que eles traziam.
Após um rápido tour pelas instalações, todos se reuniram em uma área aberta, com diversas cadeiras organizadas para o público e uma grande mesa repleta de lanches. Enquanto as jogadoras e os jogadores interagiam com o público, a comissão técnica, incluindo eu, vigiava atentamente para evitar que alguém tentasse escapar para os quartos dos atletas — aparentemente, um episódio que já havia acontecido antes.
No centro das atenções, Gabi estava no palco improvisado, concedendo uma entrevista e respondendo às perguntas de seus fãs, que mal conseguiam conter a euforia. O som constante dos gritos me fazia sentir a cabeça latejar, e meu humor não estava ajudando. Além da irritação, uma pontada de ciúmes se instalava em mim.
Pelo amor de Deus, tirem os olhos da minha mulher.
Gabriela estava radiante como sempre, exalando aquela confiança natural que parecia iluminar o ambiente ao seu redor. Vestindo roupas de alfaiataria, tão características de seu estilo impecável. O short curto destacava suas belas pernas bem torneadas, e a blusa sem mangas deixava à mostra os músculos definidos de seus braços. Nos pés, seus sapatos brancos favoritos combinavam perfeitamente com as joias de prata que usava, enquanto o pingente de lua, presente meu de quase quatro anos atrás, brilhava em seu pescoço, um lembrete constante da nossa história. Seus cabelos estavam soltos, dançando ao sabor da ventania de abril, dando-lhe um ar ainda mais deslumbrante e livre.
Ela é linda e eu nunca vou cansar de dizer isso.
— Você tem namorada, Gabi? — perguntou uma loirinha atrevida, em meio aos gritos. Gabriela olhou para mim por um breve instante, sorrindo em seguida de forma provocante antes de responder:
— Tenho. Mas acho que ela tem vergonha de mim, não quer me assumir. — brincou, lançando a frase com aquela típica ironia que só ela sabia fazer.
Por dentro, eu quis estrangular aquela desgraçada, mas do lado de fora, recebi olhares curiosos da comissão técnica e mantive a minha melhor expressão de paisagem.
— Ela está falando de você? — perguntou Sarah, ao meu lado, enquanto eu revirava os olhos e tomava mais um gole do meu suco. Neguei. — Ótimo. E quando é que nós duas vamos sair? — ela insistiu, com um tom que me fazia revirar o estômago.
— É a Rebeca Andrade? — perguntou a fã.
— Não! Meu Deus! — Gabi exclamou, entre risos. — Vocês ainda estão nessa história?
