♦︎ "Volte para casa" —
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Thomas Shelby estava acostumado a dominar situações, a controlar emoções. Mas Violet Docherty era um desafio que mexia com sua mente. Enquanto observava a ruiva deitada no gramado, ele sentia um conflito crescente dentro de si. Ela era a ama de seu filho, Charles, e sua posição em sua casa deveria garantir que ele a visse apenas como uma funcionária, uma peça em seu elaborado jogo de poder. No entanto, Violet não era como as outras.
A luz do sol acariciava sua pele pálida, os cabelos ruivos espalhados como chamas sobre a grama verde. Havia uma serenidade nela, um contraste absoluto com a brutalidade do mundo ao qual ele pertencia. Algo na forma como ela se entregava à simplicidade daquele momento o fazia desejá-la mais intensamente a cada segundo. Ele sabia que deveria desviar o olhar, afastar-se daquele desejo que começava a dominá-lo. Mas o calor de sua pele, mesmo à distância, parecia chamá-lo.
Thomas apertou o cigarro entre os dedos, sentindo o calor em seu pescoço aumentar enquanto lutava contra a tentação. Ele tentou afastar os pensamentos impuros que invadiam sua mente, mas não conseguia. A freira druidista, com sua inocência intacta e ares de misticismo, era tão inalcançável quanto irresistível. Seu coração, antes de aço, agora batia em um ritmo desordenado, e o silêncio entre os dois parecia carregado de significados não ditos.
John e Arthur saíram da mansão, quebrando o feitiço que a visão de Violet havia lançado sobre ele. Eles riam e conversavam, seus cigarros acesos entre os lábios, mas logo perceberam a fixação de Thomas.
— O que está olhando? — perguntou John, com um sorriso malicioso.
Thomas não respondeu imediatamente, apenas continuou a observá-la. Ele sabia que seus irmãos notariam sua fraqueza, e odiava dar-lhes essa vantagem. Arthur, sempre o mais direto, deu um passo à frente, inclinando-se para espiar o objeto de atenção de seu irmão mais velho.
— Ou quem está olhando? — ele riu, acendendo outro cigarro.
Thomas retesou o maxilar, mas não tirou os olhos de Violet. Ele sabia que estava perdendo o controle, algo que não podia se permitir. A ruiva na grama era um perigo, uma distração que poderia comprometer seus planos e sua reputação. Ela era pura demais para o mundo sombrio dos Shelby, mas ainda assim, ele a desejava.
— Não é nada — respondeu Thomas, tentando mascarar seus pensamentos. Mas os olhos de seus irmãos captaram a verdade. Eles se entreolharam, rindo como sempre faziam, mas não pressionaram. Sabiam que quando Thomas ficava assim, não havia espaço para provocações.
Enquanto seus irmãos se afastavam, Thomas ainda sentia os olhos queimarem em direção a Violet. Ela parecia tão distante de tudo o que ele conhecia, tão diferente de todas as mulheres que ele já teve. Talvez fosse o misticismo de sua criação druídica ou a forma como ela caminhava por sua vida sem pedir permissão. Ela carregava o sangue de Mary Docherty, a melhor amiga de Polly, e isso a fazia parte da família de maneiras que Thomas não podia ignorar.
Mas ainda assim, ele sabia que não era apropriado. Seu desejo por Violet poderia trazer caos. Ela era o oposto do que ele deveria querer — uma mulher que valorizava a pureza e tinha suas crenças enraizadas no paganismo e na natureza. Thomas, por outro lado, era um homem que fazia do caos e da brutalidade sua vida. Mas a ideia de desviar esse curso, mesmo por um breve momento, era sedutora.
Longe dali, Violet estava alheia à tempestade que causava em Thomas. Ela sempre soube que sua presença na casa Shelby seria complicada. Polly a tratava com uma gentileza quase maternal, mas havia algo na maneira como Thomas a observava que a fazia questionar o próprio lugar ali. Ela sentia os olhos dele sobre si, e apesar de se manter fiel às suas crenças, não podia negar que algo dentro dela também reagia à presença imponente do chefe dos Shelby.
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Pecado Ambicioso - Fic - Thomas Shelby
Teen FictionViolette Dubhghaill - Seus cabelos ruivos eram capazes de brilhar sobre o sol. Violet era como uma brisa fresca em um dia abafado, uma presença que iluminava o ambiente com sua energia e seu sorriso doce e simpático. Suas roupas eram sempre comport...