Dìreach an nanny. - I

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𝘝𝘪𝘰𝘭𝘦𝘵𝘵 𝘴𝘦𝘮𝘱𝘳𝘦 𝘦𝘯𝘵𝘳𝘢𝘷𝘢 𝘯𝘰𝘴 𝘭𝘶𝘨𝘢𝘳𝘦𝘴 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘶𝘮 𝘳𝘢𝘪𝘰 𝘥𝘦 𝘴𝘰𝘭 𝘪𝘯𝘦𝘴𝘱𝘦𝘳𝘢𝘥𝘰 𝘦𝘮 𝘮𝘦𝘪𝘰 𝘢̀ 𝘯𝘦𝘣𝘭𝘪𝘯𝘢 𝘥𝘢 𝘤𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦. 𝘕𝘢̃𝘰 𝘦𝘳𝘢 𝘢𝘱𝘦𝘯𝘢𝘴 𝘴𝘶𝘢 𝘣𝘦𝘭𝘦𝘻𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘤𝘩𝘢𝘮𝘢𝘷𝘢 𝘢𝘵𝘦𝘯𝘤̧𝘢̃𝘰, 𝘮𝘢𝘴 𝘢 𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘦𝘭𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘦𝘤𝘪𝘢 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘳 𝘦𝘮 𝘴𝘪𝘯𝘵𝘰𝘯𝘪𝘢 𝘤𝘰𝘮 𝘰 𝘤𝘢𝘰𝘴 𝘢𝘰 𝘳𝘦𝘥𝘰𝘳, 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘴𝘦 𝘤𝘢𝘥𝘢 𝘮𝘰𝘷𝘪𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰 𝘤𝘢𝘭𝘤𝘶𝘭𝘢𝘥𝘰 𝘦𝘴𝘵𝘪𝘷𝘦𝘴𝘴𝘦 𝘱𝘦𝘳𝘧𝘦𝘪𝘵𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 𝘢𝘭𝘪𝘯𝘩𝘢𝘥𝘰 𝘤𝘰𝘮 𝘢𝘴 𝘧𝘰𝘳𝘤̧𝘢𝘴 𝘪𝘯𝘷𝘪𝘴𝘪́𝘷𝘦𝘪𝘴.

— Tudo bem, e quais seriam os horários? — Ela perguntou com uma voz firme, porém suave, sentada com uma postura que transmitia tanto disciplina quanto independência. O homem à sua frente, mais velho e de expressão calculista, a observava atentamente. Ele não estava acostumado a ser desafiado por uma mulher com tal nível de inteligência e controle, ainda que sutil. Os Peaky Blinders eram homens acostumados ao poder bruto, ao medo que causavam nos outros com seus olhares severos e afiados. No entanto, Violett não era uma adversária qualquer. Ela era uma força que passava despercebida, como a lua em suas fases, ora discreta, ora dominando o céu noturno.

Seu diário repousava sobre seu colo, as páginas meio amareladas pelo tempo eram marcadas por uma caligrafia impecável. Ela anotava com precisão enquanto esperava pelas instruções do homem à sua frente. Sua saia xadrez, cobrindo quase seus joelhos, era uma escolha calculada para transmitir respeito sem sacrificar sua identidade. O sobretudo, aberto, revelava uma blusa preta que abraçava seu busto delicadamente, destacando a palidez de sua pele, que contrastava com o rubor natural que parecia sempre presente em suas bochechas.

Ela cruzou as pernas devagar, sem pressa, deixando o silêncio pairar no ar enquanto o homem ponderava suas próximas palavras. O escritório, espaçoso e com cheiro de tabaco e couro velho, parecia pequeno diante da presença dela. As regras daquele lugar não lhe eram estranhas; ela entendia que os homens ali tinham suas próprias leis, um código que não era escrito em papel, mas sim nos olhares trocados e nos sussurros abafados em becos escuros.

Thomas Shelby observava Violett com curiosidade. Ele sabia reconhecer uma mente afiada quando via uma. Ela não estava ali por acaso. Havia algo nela que despertava tanto o interesse quanto a cautela. Mulheres como Violett não apareciam com frequência no mundo dos Peaky Blinders. E quando apareciam, traziam consigo ventos de mudança.

— Os horários não são rígidos — respondeu Thomas, finalmente. — Mas você precisa estar disponível quando for necessário. Lealdade é tudo.

Violett assentiu, seu olhar não vacilou. Ela sabia que a palavra “lealdade” nos lábios de Thomas Shelby tinha um peso maior do que qualquer um poderia imaginar. Ela sorriu de leve, um sorriso que não revelava nada além de uma promessa silenciosa de que ela sabia jogar aquele jogo.

— Entendo — disse, fechando seu diário com um gesto firme, mas calmo.

Thomas Shelby mantinha a postura descontraída, mas o olhar intenso e perscrutador não deixava escapar nenhum detalhe da mulher à sua frente. Violett, sentada com a postura ereta, não se intimidava. Os olhos dela, claros como o oceano, pareciam ver mais do que ele estava disposto a revelar naquele momento. Havia algo intrigante nela, algo que Tommy não conseguia definir completamente.

Pecado Ambicioso - Fic - Thomas Shelby Onde histórias criam vida. Descubra agora