12 Look What You Made Me Do - Taylor Swift

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Pov. Mikaela.

Travei no batente da porta por dez segundos. Incrédula com o que eu estava vendo. Thomas Fenrir tomava café com minha avó. Para minha surpresa ela estava à vontade e ele também.

Onde estava Adelle?

O Lobisomem estava vestido de preto, calças com corrente, bota e jaqueta de couro. O mar do caribe me fitava. Levou a xícara de porcelana que minha avó nunca me deixou usar, com café até a boca.

Percebi um sorriso divertido brilhando em seus lábios.

– Vovó, posso falar com você ? – Vou até a cozinha esperando que ela me siga.

Tento reorganizar meus pensamentos, era muita informação. Que porra é essa? Aquele cara matou o filho dela e ela está tomando café com ele como se fossem velhos amigos! Procuro uma resposta nos meus pensamentos do que faria a seguir.

– O que foi, Querida?

Inclino-me na pia colocando a mão na torneira, por um milissegundo paro, um sorriso aparece no meu rosto, abro somente três quartos da água. O suficiente para minha avó achar que ele não ouviria e o suficiente para ele ouvir.

– O que ele está fazendo aqui? – questiono.

– Eu e Thomas temos um trato – declara.

– Mas...

– Eu sei, Mikaela, mas esse foi o único jeito de manter a cidade em segurança, sem ele haveria muito mais mortes. – Dava para notar que em sua voz tinha um pouco de carinho por ele.

Encosto-me no balcão. Minhas mãos estavam inquietas.

– Tia Adelle vai matá-lo – murmuro.

– Ela está no Texas e nunca descobrirá que ele veio aqui... – Encaro-a incrédula. – Você não ...

Texas?

– Ontem a noite ele me beijou.

A velha para.

– Ele o que ?

– Eu fui no show e ele me beijou, eu não...resisti.

Seus olhos estavam estalados e sua boca aberta.

– Filha, tem tanta coisa errada nisso.

– Eu sei, mas...não podemos lutar contra o que sentimos.

A velha passou a mão no rosto.

– Esse ano ele faz vinte e três anos, já foi preso e é um lobisomem.

E matou meus pais, temos que lembrar dessa parte importante.

Ela suspira e vem na minha direção.

– Ah, minha neta.

O abraço foi aconchegante.

– Nós duas vamos encobrir isso da sua tia, vai ficar tudo bem.

– Espero que sim.

– Ele é um bom homem, mas – disse ela fechando a torneira. – Deixa quieto, vamos.

Volto a sala acompanhada de minha avó, ele ainda está lá, dessa vez mordiscando um pedaço de bolo. Quando nos viu, limpou a boca se levantando.

– Amélia, preciso ir. – Encara o celular. – Tenho que resolver algumas coisas no centro da cidade.

Minha avó levou a xícara até os lábios.

– Foi um prazer conhecer você, Mikaela – piscou para mim e puxou um sorriso.

A Caçadora VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora