21 Sorry Not Sorry - Demi Lovato

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Pov. Mikaela.

Fui ao banheiro limpar a mão e olho no espelho.

– Você consegue, Mik – digo para mim mesma. Demorei mais do que eu gostaria para me recompor. Ela é a porra da minha mulher. Suas palavras ecoam na minha mente.

Saio da cabine e a temperatura parece cair dois graus, estava no verão, cruzo os braços tentando conter o frio. Vejo Thomas conversar com um homem e vou até eles.

– Então foi você que quase se casou com o Flor? – pergunta o homem de cartola, o Mágico.

– Estávamos conversando sobre as meninas mortas – Thomas tira a jaqueta e a coloca sobre meus ombros.

– Todas encontradas no mesmo lugar, no Trailer de bagagem – o mágico ajeita o terno. – Alicia Valor morreu um mês antes que Bryanna, no último dia da turnê, paramos por duas semanas pelo luto e então aconteceu novamente duas noites atrás. Mas por favor não tentem xeretar, não sei quem foi e pode ter sido um dos meus amigos, a polícia está investigando o caso e é melhor deixar com eles – ele faz uma pausa. – Tenho que ir.

Encaro Thomas enquanto o Mágico se distancia.

– Eu entro e você vigia?

– Não vai me poupar da ação – exclamei. – Senti frio quando saí do banheiro, em pleno verão, presença de fantasma.

Continuamos andando pelo circo ao ar livre, um cara aleatório sai saltitando do trailer da cartomante-vidente, ele para na nossa frente e diz:

– Cara se você quer saber mesmo se ela é a mulher da sua vida, vai na Madame Alucinética Honorata, só de pegar na minha mão ela disse que eu seria pai e acabei de receber a ligação de minha mulher que eu vou mesmo! – Então simplesmente corre em direção a saída

– Uma charlatã?

– Talvez.

Entramos no trailer, estava com uma luz precária e o cheiro de incenso era forte, sentada à mesa estava uma mulher cigana de quarenta anos. O interior do trailer era totalmente forrado de carpete roxo, por isso o tornava tão escuro, era iluminado somente por uma vela em cima de uma cristaleira velha ao lado de um retrato velho de um homem com chapéu de cowboy.

– Sentem-se – convida.

Thomas e eu nos acomodamos no banco grande de madeira. Em cima da mesa estava uma bola de cristal, um baralho de tarô e uma xícara de chá. Ela bebericou o líquido.

– Me dê a mão – sua voz é grave, estico minha mão – você não.

Olho para ele e então estende sua mão, Madame Honorata a segura com força por alguns poucos segundos então a solta.

– Saia do meu trailer, Lobo – fico alarmada, ela claramente não era uma charlatã, me levanto. – Você não, só ele.

Fenrir beija minha testa, o que é estranho, não temos afeto o suficiente, as brincadeiras são provocação, e nos deixa sozinhas.

– Como você...

– Shiii, apenas aceite querida – a mulher começa a embaralhar o tarô. O colocou em cima da mesa – corte – peguei metade do maço e o depositei ao lado, ela abre as cartas em um leque e então escolhe três.

Meu coração se acelera. Ela pega minha mão.

– Há muito sangue em suas mãos, está aqui atrás do assassino, não é? – Concordo com a cabeça. – Vai conseguir, mas passará por um sufoco.

Encaro-a.

– O que você é?

Ela ri.

– Achei que você era melhor – ela bebe seu chá novamente. – Tem um passado triste e uma criação conturbada, há coisas nas suas decisões que uma pessoa influencia totalmente.

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⏰ Última atualização: 14 hours ago ⏰

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