Pov. Noah.
– Gigih – suspiro enquanto passo a mão pelo volante – não consigo te levar hoje.
– Noah – minha irmã choraminga manhosa no telefone.
Olho pelo retrovisor, havia uma caminhonete vermelha tentando me ultrapassar.
– Irmãzinha, pede pra mamãe te buscar na casa de Caroline, eu não sou seu taxista.
– Tudo bem, Idiota, nem queria andar na sua lata velha verde!
Bufo.
– Eu não tenho culpa que o seu carro quebrou! – retruco.
– Tá, vou tentar pegar um uber, sei lá.
Cochichos e chiados ao fundo.
– Adeline disse que consegue me levar! – animou-se. – Ela tem uma melhor amiga de ouro, Noah – escuto a voz arrastada de Caroline Wilson.
Sorrio.
– Tchau, Idiota.
– Tchau, Irmãzinha.
Desligo o telefone estacionando no Carter's Fast Stop, o tanque do Mustang já estava pedindo arrego. Paro perto das duas bombas de gasolina e saio do carro.
Uma garota abastecia uma Falcon preta. Nunca a tinha visto antes, devia ser nova na cidade, arrumo a gravata de um jeito casual.
– Oi. – Coloco para abastecer.
Ela ergue os olhos, suas sobrancelhas se levantam me observando.
– Oi – sua voz era doce, mas firme, melodiosa como uma guitarra e forte como uma bateria.
– Você é nova na cidade ou tá só de passagem? – pergunto curioso.
Ela me encara, analisando a minha alma.
– Desculpa – sorrio amarelo tentando lidar com o fato da minha boca grande – é que eu conheço todo mundo e nunca vi seu rosto por aqui.
– Ah, pensei que fosse um stalker – responde num tom de humor, sorrindo de lado.
Passo o cartão.
– Eu vou lá, comprar um café – ela declara apontando para dentro – é bom?
– É sim – me junto a ela.
Ela escolheu um copo amargo de café, já o meu ia quase meio quilo de açúcar. A garota foi no caixa para pagar, mas eu não deixei:
– De jeito nenhum – contesta.
– É só um café, não é como se eu fosse passar fome por me faltar 3,50 dólares.
Paguei com dinheiro, nos dirigimos para a parte de trás do estabelecimento, onde tinha um banco, ela se sentou, tomando seu líquido amargo. Enquanto ela fazia isso, pude analisar sua beleza direito.
Pele morena bem clara, cabelos castanhos e ondulados na altura das costas, vestia roupas pretas e bota, as unhas feitas em vermelho carmim, no pescoço pendia uma espécie de cruz.
Ela se levantou, jogando o copo no lixo perto de mim.
– Por que pagou ? – ela se aproxima, tentando parecer ameaçadora.
– Por que não pagaria? – termino de beber em um gole, o açúcar sobe ao cérebro e jogo meu copo no lixo.
Ela levanta as sobrancelhas. Será que ela tinha namorado? Linda desse jeito muito provavelmente.
– Um cavalheiro paga as coisas para uma mulher.
– Tá dando em cima de mim?
Ela tem namorado.
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A Caçadora Vermelha
RomancePara todos aqueles que redescobriram a magia dos contos de fadas e se apaixonaram por 'Enemies to Lovers', este livro é dedicado para vocês. Mas antes de mergulharem novamente nesse universo, eu tenho um recado muito importante: A netinha nunca cheg...