20 My Oh My - Camila Cabello

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Pov. Mikaela.

Os raios de luz entravam pela minha janela aberta, era um dia normal de tarde e eu estava no meu quarto. Decidi arrumar meu armário, fazia alguns dias que eu não me preocupava com a bagunça, mas aquilo aumentou muito e começou a me incomodar. Pego meu celular, escolho minha playlist e coloco o fone sem fio. Começo primeiro organizando minha cama, em seguida passo para as roupas jogadas em cima da minha cadeira.

A música troca de Just Dance, Lady Gaga para Moves Like Jagger, Maroon 5. Tiro todas as minhas coisas da escrivaninha e passo um pano úmido com álcool para remover a poeira. Minha cintura começa a mexer no ritmo da música. Eu amava dançar, mas era uma coisa que eu não fazia a muito tempo.

Assobio.

Bato o pé junto com a melodia cantando.

Take me by the tongue and I'll know you. – Jogo o pano na bacia e começo a distribuir minhas coisas de volta à escrivaninha. – Kiss me 'til you're drunk and I'll show you. All the moves like Jagger. I've got the moves like Jagger.

Sinto duas mãos segurando minha cintura por trás com força, uma parede de carne esbarrando em minha bunda e uma respiração quente em minha nuca, fazendo meus pelos arrepiarem.

– Você realmente se move como um Jagger, Pesadelo – sua voz saiu rouca com um risinho sarcástico no final.

Meu coração se agita. Saio de suas garras tirando o fone, ao me virar dou de cara com Thomas Fenrir sorrindo igual um cafajeste. Por impulso pego a adaga de cima da mesa e o prenso na parede com a arma em sua garganta. Seus olhos prendem minha atenção, seu sorrisinho de lado sarcástico era hipnotizantemente perigoso.

– Acalme-se coração, irá infartar assim – diz ele todo debochado, encostado na parede como se isso não fosse nada demais. – Agora não é mais um revólver. Vai me beijar de novo?

– Saia do meu quar... – Thomas tapou minha boca com a mão quando estava prestes a gritar com ele. Com a outra segurou meu pulso e a adaga cai no chão.

– Shiii, não grite, elas estão lá embaixo. – O rapaz mordisca o lábio. – E eu não estou afim de acabar com isso tão rápido, então seja uma boa garota.

O quanto eu queria bater naquele rostinho lindo é brincadeira.

Me livro de seus braços novamente.

– O que raios está fazendo aqui, Fenrir?

Thomas me fitou de cima a baixo com o olhar escurecendo como um eclipse, encarando meu corpo como se...a merda! Por um breve momento esqueci que estava só de calcinha e camisa social masculina branca aberta até o segundo botão, sem short e sutiã, com um coque frouxo e bagunçado.

Sinto minhas bochechas arderem.

– Thomas?

Seus olhos ficam nublados por um tempo, como se estivesse tentando lembrar o que veio fazer aqui.

– Achei uma caçada – declara ele.

Cruzo os braços tentando parecer intimidadora e esconder meus peitos.

– O que é? – pergunto.

– Alguma coisa matou uma mulher na noite de ontem em um circo, umas três cidades daqui.

Rio sem emoção.

– Por que você acha que é um caso para nós?

Nós. Não devia ter falado nós, não somos nós. Ele sorri debochado. Pega o celular no bolso da calça preta e coloca em minhas mãos. Analiso a imagem que ele me mostra, só de bater o olho eu já sabia muito bem o que era.

A Caçadora VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora