Capítulo 32

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Me desculpem por não ter postado capítulo semana passada, mas eu já tinha dito que não conseguiria postar nas duas últimas semanas, mas só por um milagre eu consegui na outra semana.

Enfim,

Boa leitura :)

Capítulo 32 - homens.

2 anos atrás…

Encaro Maddie do outro lado da mesa, enquanto ela enche a terceira e última xícara de sua pilha, me explicando sobre alguma coisa de magia dos chapéus ou algo assim, que eu não consigo entender completamente por estar muito intrigada em como ela conseguiu empilhar as três xícaras de forma e que não ficasse tombada para a direita ou para a esquerda.

Estamos no jardim, a mesa está cheia de chá e doces diferentes, desde pequenos brigadeiros, a imensos bolos com vários andares decorados com cores belas e chamativas. Aparentemente hoje é meu desaniversário, por isso Dholovir cancelou o treinamento do dia, então nada melhor que sentar nessa mesa e agradecer a toda e qualquer divindade que exista por fazer hoje ser meu dia, enquanto escuto as coisas sem nexo nenhum que saem da boca de Maddie.

Ela já me falou de quase todo o catálogo de chapéus de sua loja e suas qualidades. Aparentemente a cartola é uma opção boa para conseguir pegar coisas necessárias – sabe a história de tirar o coelho da cartola? Exatamente assim –, enquanto o chapéu coco é um chapéu muito bom para quem está atrasado, te dá supervelocidade e o boné pode te deixar invisível.

Eu também não entendi exatamente se isso é verdade ou apenas marketing que ela faz para poder vender mais chapéus, mas Maddie diz que esses chapéus são fabricados apenas em sua loja, então talvez seja apenas coisa de venda.

— … eu já vendi um deles para seu pai, mas acho que ele não gostou muito — Soltou uma pequena risada anasalada enquanto colocava o bule de chá na mesa.

Ergo minha cabeça rapidamente ao escutar sua fala, olhando para seu rosto pacífico.

— Meu pai? — Perguntei, a interrompendo de seu raciocínio.

Maddie piscou os olhos lentamente em minha direção, parecendo um pouco confusa com a interrupção abrupta.

— Sim, ele era um comprador assíduo da nossa loja — Respondeu com um pequeno sorriso no rosto.

— Você convivia muito com ele? — Perguntei.

Eu sei que já tínhamos falado sobre meu pai, mas havia sido de uma forma um tanto quanto confusa, onde nenhum dos lados da conversa parecia se entender ou se compreender, então talvez seja uma boa hora de tentar esclarecer sobre.

— Sim, ele era uma parte importante de nós — Respondeu com um leve soar nostálgico.

— Como ele era? — Perguntei, porque eu queria saber qual a visão que todo mundo ali tinha do meu pai.

Maddie olha para mim por uns instantes, antes de pegar a última xícara da pilha e tomar um rápido gole de seu chá e colocar de volta ao seu lugar.

— Ele era incrível — Respondeu, com os olhos brilhando de forma que parecia admiração — O homem mais corajoso, batalhador e amigo de todos nós. Não tinha uma aventura que ele não estivesse ou que não nos apoiasse. Ele e o Gato Risonho eram–

— O Gato Risonho existiu? — A interrompi.

Maddie piscou, antes de assentir lentamente como cenho franzido.

— Sim — Sua resposta soou mais como uma pergunta — Por que você achou que não? — Inclinou a cabeça para a esquerda em confusão.

— A pessoa que me contou sobre ele não parecia muito confiável — Respondi, um tanto sem graça.

Alice E A Carta Do CoringaOnde histórias criam vida. Descubra agora