Capítulo 15

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Esse capítulo tem alguns gatilhos:

– Uma – tentativa de – representação de crise de ansiedade.

– Menção a estupro.

– Pensamentos suicidas.

– Uma espécie de tortura (eu acho?? Mas eu prefiro avisar porque a cena em si é meio pesada e eu não tenho dinheiro para pagar terapia).

Se ao longo da leitura perceberem mais me avisem por favor.

Enfim,

Boa leitura! :)

Capítulo 15 – Dores.

Atualmente…

Eu confesso que não estava muito confiante sobre a possibilidade de esse suposto plano funcionar. Tinham vários pontos que me desagradaram e algumas lacunas que não faziam sentido. O plano era conseguir algo ou alguém que pudesse pegar a Carmia.

Mad logo levantou a mão e se dispôs a encontrar alguém que pudesse fazer isso.

O que ele faria?

Não tinha ideia. Apenas sei que num momento ele estava em nosso quarto e no outro ele estava se levantando para sair e procurar por seja lá quem iria ser nosso possível meio de escape. Dholovir tentou impedi-lo, chamando seu nome várias vezes, mas ele parecia realmente convencido de que sua possível estratégia fosse funcionar perfeitamente.

Eu estive bem cética quanto a qualquer coisa que ele estivesse supostamente planejando, porque não parecia ter feito algo concreto, apenas decidido que iria fazer.

Dholovir ficou furioso com Mad. Ele não me parece ser um homem que gosta de surpresas, ainda mais quando se trata de algo que deve ser pensado em todos os mínimos detalhes. Ouvi ele xingar Mad de várias formas diferentes, por nomes que nem mesmo havia escutado, ele murmurava falando que não funcionaria, que ele estava sendo extremamente impulsivo e inconsequente.

— Por que você não vai atrás dele? — Perguntei, cansada de ouvir ele xingando.

Ele parou e me olhou, com uma careta entediada.

— Porque eu prefiro deixar ele causar um incêndio por causa de seus planos do que ser incendiado por tentar impedir. — Respondeu, parecendo contrariado.

Foi até bem engraçado ver Dholovir queimar sua língua quando Mas voltou.

Foi durante o almoço. Mad ainda desaparecido e Dholovir quase perdendo a pouca atenção que tinha de Queenie. Eu estava me sentindo ansiosa, meu corpo estava tremendo e olhando para todos os lados, esperando que a qualquer momento alguém pulasse em minha frente e me acusasse aos berros que eu havia cometido roubo, sequestro, assassinato ou qualquer crime que eu seria incapaz de cometer em vida, mas eu não duvido que se alguém verdade que eu havia feito eu concordaria.

Eu estava na metade do meu prato, comendo aquela estranha gororoba verde quando ouvi a cadeira ao meu lado ser arrastada. Olhei para meu lado, com os olhos arregalados, esperando os gritos começarem, mas logo sendo surpreendida pela chegada de Mad, parecendo feliz e totalmente bagunçado, com o sorriso solto, levemente preocupado, mas exalando um alívio que eu nunca havia visto em seu rosto, parecendo realmente feliz.

Suspirei aliviada, levando minha mão ao seu ombro.

— Onde você estava? — Perguntei em um sussurro agitado.

— Conseguindo a flor, eu já disse — Ele me respondeu no mesmo tom.

Arqueei uma sobrancelha, voltando ao meu prato.

Alice E A Carta Do CoringaOnde histórias criam vida. Descubra agora