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Laura Ferraz

02/10

Ótimo dia de domingo, dentro de um hospital vendo meu filho mal.

Eu sinto como se tudo fosse desmoronar a qualquer momento. Sinto que não sou mais forte quanto era quando o davi nasceu, estou com medo.

Me sinto sozinha na maioria parte de tempo, e juro que as vezes tento ignorar, mas não consigo..

-Meu papai vai vir?-Meu filho resmunga se remexendo na maca.

-aham.-Assinto.

-laura?-Meu pai me olha duvidoso na outra poltrona.

-Eu ia te contar, mas foi tudo muito rápido. Digo cabisbaixa.

-Contar o que?-Ele faz a cara de quem já sabe o que vou contar.

-Eu tô namorando. Afirmo. -davi se apegou muito nele, e ele em davi, então ele decidiu passa o davi  pro nome dele.-

-Como você não me apresentou seu namorado, filha?-Ele se levanta. Poxа, como vou saber que ele é certo pra você?- Diz cobrindo davi que já está dormindo.

-Ele é incrível, pai. Suspiro. E eu não tenho mais dezesseis anos. Pisco.

-Aonde ele está agora? Sinto uma dor sobre essa frase.

-Ta voltando de viajem.-Digo cabisbaixa.

-Trabalho ou farra?-Ele se escora na maca.

-Trabalho. Minha voz sai falha.

-Ele é jogador vovô. -davi diz com um sorriso no rosto, mostrando estar fingindo dormir

-Jogador?-Meu pai faz uma expressão estranha. Que isso, minha filha está com um jogador.-Diz batendo em meu ombro.

-Uhum.-Resmungo e um sorriso resplandece em meu rosto.

No mesmo instante o barulho da porta se abrindo faz com que nós três voltemos nossos olhares para a mesma.

-Cheguei o mais rápido que pude.-Diego diz apressado.

-Pera.-Meu pai se escora na poltrona.

-Bom dia senhor...?-Ele estante a mão diante do meu pai.

-Osvaldo.-Meu pai aperta a mão do jogador ainda espantado. Como você não me contou que estava com o zagueiro do nosso São Paulo?-Ele sussurra para mim.

-Nós iríamos marcar um jantar, mas por conta da correria dos jogos não deu tempo. Ele fala enquanto vem em minha direção. Oi meu amor, que saudade. Ele sela nosso lábios e da um cheiro rápido em meu pescoço.

-Oi. Sussuro. Tenha calma com ele.-

Diego vai em direção ao Pedro, fazendo um leve cafuné.

-Oi, meu pequeno. O jogador sorri, e meu filho se vira para o outro lado, ficando de costas para Diego. O Papai tá aqui, te amo muitaãoo.-Diz passando a mão nas costas do meu filho.

-Acho melhor nós irmos lá fora conversar, Diego. -Meu pai ameniza a situação, mas o rosto do jogador está desesperado.

-Filho, por favor!-Diego implora. Eu te amo muiitão tá

-Relaxa, ele vai voltar ao normal.-Me aproximo dele acariciando seu peitoral.

-Eu... Ele faz uma pausa e respira fundo. Eu sinto muito por isso.- Aproxima nossos corpos e me abraça.

-Eu tô aqui jogador.-Deito minha cabeça em seu ombro notando a crise de ansiedade se instalando nele.

-Você é incrível, laura. Ele cheira meu pescoço e da um leve beijo nele.

-Vamos lá, genro, quero uma foto. Pisca disfarçando para davi  não perceber.

Diego se afasta de mim, e vai em direção a porta com meu pai, no mesmo instante que a porta se fecha, davi  começa a chorar, e se vira para mim.

-Eu ainda amo meu papai, mamãe.-Ele diz em meio aos soluços.

-Por que não disso isso pra ele?- Pergunto enquanto me deito na maca ao lado dele, o alconchegando em meus braços.

-Não sei. Diz chorando muito.

-Ele te ama, e eu também.-Beijo a testa dele.

-Eu também amo vocês como família.- Ele esconde o rosto em meu pescoço.

-Acho que o papai também quer escutar isso. Dou um cheiro no cabelo curto dele.

-Mamãe. Ele olha nos meus olhos.- Quando você e o papai vão me dar um irmãozinho pra jogar bola?-Ele pergunta e meu rosto é de espanto.

-Você quer um irmãozinho é?-Pergunto e ele assenti balançando a cabeça. Que tal pensarmos nisso depois?-Beijo a mão dele.

-Taá. Diz suspirando.

Esperto, mas me coloca na boca do tigre

Talvez Seja Em Outra Vida,meu Jogador-diego CostaOnde histórias criam vida. Descubra agora