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Laura Ferraz

Acordo sozinha, davi  está a semana toda na casa de Diego, e por mais que ficar longe do meu menino está sendo difícil, me sinto descansada.

O peso de ir para o trabalho não é o mesmo, me sinto leve.

Levanto e vou direto pra cozinha comer alguma fruta, faço minha higiene bucal e coloco uma calça social bege, uma blusa simples branca, e o tênis branco adidas de sempre.

Quando toco o trinco da porta, meu pai está literalmente parado ali.

-Pai?-Digo rindo e ele continua sério.-Pai, aconteceu algo?-Começo a me preocupar.

-Sua mãe.-Ele diz Paralisado.

-O que pai?-Toco sua mão.

-O que pai?-Toco sua mão.

-Sofreu um infarto, estávamos em casa tomando café, e simplesmente aconteceu.-As lágrimas tomam conta dele.-Ela está internada, estou com medo filha.-Vem em minha direção e me abraça.

-Vai dar tudo certo, nossa mulher é forte, pai.-Meus olhos se enchem de lágrimas e eu me derramo nesse abraço.

-davi está aí?-Sussurra.

-Não, está com o Diego.-Afirmo.

-Que bom.-Finaliza.-Te amo filha.-Beija meu rosto

-Eu também te amo, papai.-Assinto seu beijo.

Eu realmente estava me segurando ali, pra não deixar meu pai mais preocupado ainda.

Minha vontade era chorar horrores, minha mãe sempre foi minha melhor amiga, minha companheira e a única que me apoiou quando eu estava grávida.

Meu pai ficou desapontado, e disse ser falta de responsabilidade naquela época, mas minha mãe o mostrou o lado lindo de ser avô, independente da idade, e hoje, ele é o davi não se desgrudam.

E hoje tento ser metade do que ela foi, e não posso imaginar minha vida sem ela.

-Tenho que ir trabalhar, pai.-Fungo e ele se afasta.-Mas prometo que no horário de almoço vou lá no hospital com o senhor.-Concluo.

-Não se preocupe filha.-Assenti.

-Obrigada pai, cuida bem da nossa mãe.-Beijo a testa dele.

-Eu sempre fiz isso.-Sorri limpando as lágrimas em seu rosto.

Vejo ele saindo, e em questão de segundos todo o choro guardado está tomando canta de mim, sento no chão do corredor do apartamento, e me desabo ali.

É como se tudo do passado voltasse, sinto que não tenho ar e nem espaço para respirar, me sinto ofegante, e sem chão.

É como se um tsunami consumisse meu corpo e o fizesse parar, é como se ninguém estivesse aqui.

[...]

Já estou no trabalho depois de me recompor em uma meia hora, mas nada mudou dentro de mim.

Hoje é dia de fotografar a nova coleção de primavera, e confesso que estava ansiosa para ela, mas sinto que a ansiedade sobre isso passou.

-Amiga!-Luiza toma minha frente.

-Eu!-Pisco para a colega de trabalho.

-Não acredito que você tá com o jogador gostosão que vi na página de fofoca.-Ela fala surpresa.

-Página de fofoca?-A questiono.

-Sim!-Afirma.-Por que não me contou que estava de rolo com um jogador, tipo um cara gostoso como aquele.-Diz animada.

Talvez Seja Em Outra Vida,meu Jogador-diego CostaOnde histórias criam vida. Descubra agora