continuação

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     Sofia estava presa do outro lado do espelho, em um lugar onde o tempo parecia não existir. Tudo ao seu redor era uma distorção sombria de mansão, com corredores e portas que levavam sempre a o mesmo ponto. A sensação de estar sendo observada era constante, como as sombras se esconderam em cada canto, esperando o momento certo para se revelar. Quando vagava Sofia percebeu que não estava sozinha. Vultos de outras pessoas com rosto sem expressão, apareciam e dessa pareciam pelos corredores. Era como eco e antigas vítimas. Todas aprisionados por aí  por movimentos que não compreendia. Alguns susurravam palavras de aviso, os outros choravam em silêncio.  Mas havia uma presença em particular que parecia segui -la por perto. Era o homem que havia visto no espelho, sempre a distância, mas cada vez mais próximo. Ele não falava, mas Sofia sentia a influência, como se estivesse tentando guiar seus passos ou manipular suas escolhas. O desespero começou a tomar conta dela, mas havia algo em seus instintos que lhe dizia que havia uma saída. Ela lembrou de algo que havia lido sobre a mansão antes de sua visita: a história de um antigo morador, Victor Black wood, um homem obcecado por espelhos e que realizava rituais estranhos na tentativa de alcançar a imortalidade. Diziam que ele havia desaparecido sem deixar vestígios, e alguns acreditavam que ele ainda estava em algum lugar... Esperando.

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