eco das sombras

continuação

Nas semanas que se seguiram à transformação de Clara, a clareira se tornou um verdadeiro campo de treinamento para o grupo. O poder que Clara agora carregava dentro de si era vasto, mas também perigoso. Nikolai ajudava a orientá-la, usando seu conhecimento sobre rituais antigos para guiá-la a controlar as energias divinas que fluíam por seu corpo.

Entretanto, algo parecia se mover nas sombras. Enquanto Clara treinava, Sofia e Leo começaram a perceber sinais da aproximação de A Ordem da Noite Eterna. Desaparecimentos misteriosos ocorreram nas redondezas, e aqueles que procuravam ajuda na clareira relatavam presságios sombrios, como aves de rapina voando baixo e o som de sussurros vindos do vento.

Durante uma noite especialmente sombria, Sofia acordou com um pressentimento incômodo. As velas que normalmente protegiam os arredores da clareira tremulavam, quase se apagando, e o ar parecia carregado de uma energia opressiva. Ela saiu da tenda apressada, encontrando Leo, já de pé, também alerta.

“Você sentiu isso?” perguntou ele, sua voz carregada de tensão.

Sofia assentiu, os olhos fixos no limite da clareira. As sombras das árvores pareciam mais densas, quase como se estivessem se aproximando. “Algo está aqui. Não estamos mais seguros.”

De repente, Clara apareceu, caminhando em direção a eles, com uma expressão séria. Desde sua transformação, ela parecia mais poderosa, mas também mais distante, como se carregasse o peso do mundo nas costas. “Eles estão aqui,” Clara disse, sua voz firme. “A Ordem finalmente nos encontrou.”

Nikolai surgiu da escuridão, silencioso como sempre. “Preparem-se. Eles não vêm para conversar.”

No momento seguinte, um clarão cortou o céu, e uma figura encapuzada surgiu na entrada da clareira, seguida por outras silhuetas, todas envoltas em mantos negros. Era como se as trevas tivessem ganhado forma. O líder do grupo, um homem alto com uma presença avassaladora, tirou o capuz, revelando um rosto marcado por cicatrizes e olhos frios como gelo.

“Então, estes são os que ousaram desafiar o Arconte,” ele falou, sua voz gélida ecoando pela clareira. “Vocês não sabem com o que estão lidando.”

Sofia, de pé ao lado de Clara e Leo, sentiu o peso da presença dele. “Sabemos muito bem o que vocês são. E não vamos permitir que continuem.”

O homem sorriu de forma ameaçadora. “Vocês são insignificantes diante do poder da Noite Eterna. Mas, como cortesia, ofereço uma escolha: rendam-se e juntem-se a nós, ou pereçam.”

Clara, que até então estava em silêncio, deu um passo à frente. Seu corpo emanava uma energia quase palpável, e os olhos da deusa brilhavam em seu interior. “Nós não nos rendemos às trevas,” ela disse, sua voz reverberando. “E você não está preparado para o que enfrentará.”

Antes que o líder pudesse responder, Clara ergueu as mãos, e uma explosão de luz partiu dela, iluminando a clareira inteira. Os membros de A Ordem recuaram, protegendo os olhos da intensa luminosidade. A batalha havia começado.

Leo e Sofia juntaram-se a Clara, enquanto Nikolai lutava nas sombras, eliminando os seguidores da Ordem que tentavam cercá-los. A clareira foi tomada por gritos, feitiços e rajadas de energia, em uma luta que parecia transcender o mundo físico.

Clara, agora imersa completamente no poder da deusa, enfrentava o líder da Ordem diretamente. As energias colidiam, criando ondas de força que abalavam o solo ao redor. Mas, apesar da intensidade da luta, Clara estava começando a se cansar. O poder dentro dela era vasto, mas ainda instável, e ela sentia que poderia perder o controle a qualquer momento.

O líder da Ordem percebeu sua hesitação e sorriu de forma cruel. “Você não pode conter esse poder, garota. Ele vai te consumir, e quando isso acontecer, você será nossa.”

Clara, lutando para manter a estabilidade, olhou para Sofia, Leo e os outros, que também estavam em combate intenso. Ela sabia que o destino de todos eles dependia dela. Com um último esforço, Clara concentrou todas as suas forças e, com um grito de pura determinação, lançou uma onda de energia que varreu o líder e seus seguidores, dissipando as sombras que os cercavam.

Quando a luz finalmente desapareceu, o campo de batalha estava silencioso. Os membros da Ordem haviam desaparecido, mas o líder, embora gravemente ferido, ainda estava de pé, rindo. “Isso foi só o começo, herdeira. Nós voltaremos... e quando o verdadeiro poder da Noite Eterna despertar, nenhum de vocês terá chance.”

Com essas palavras, ele desapareceu nas sombras, deixando apenas o eco de sua ameaça no ar.

Exausta, Clara caiu de joelhos, ofegante. Sofia e Leo correram até ela, preocupados. “Clara, você está bem?” Sofia perguntou, segurando sua mão.

Clara assentiu, embora estivesse visivelmente abalada. “Eu... eu consegui, mas... ele tem razão. A luta não acabou. A Ordem voltará.”

Sofia apertou a mão dela, olhando em volta para o grupo que havia sobrevivido à batalha. “Então nós estaremos prontos. Não importa o que venha, enfrentaremos juntos.”

E assim, embora tivessem vencido a batalha, a guerra contra A Ordem da Noite Eterna estava apenas começando. As trevas continuariam a espreitar, mas agora, com Clara e seu novo poder, eles estavam prontos para o que viesse a seguir.

Após a batalha, Clara, exausta, lutava para manter o controle de seu poder. O líder da Ordem da Noite Eterna desapareceu nas sombras, prometendo vingança.

Sofia e Leo ajudaram Clara a se levantar, mas todos sabiam que aquilo era apenas o começo. “Eles vão voltar,” Clara disse, ainda ofegante.

Sofia assentiu, olhando para o horizonte. “E nós estaremos prontos.”

Com a clareira agora em paz, o grupo sabia que a guerra contra as trevas continuaria. Mas, juntos, estavam mais fortes e determinados a resistir a qualquer ameaça que surgisse.

Após derrotar o líder da Ordem da Noite Eterna, Clara, exausta, quase desmoronou. "Isso é só o começo", disse o líder, desaparecendo nas sombras.

Sofia e Leo a ajudaram a se erguer. “Vamos nos preparar. Eles voltarão,” disse Sofia.

Clara, ainda abalada, assentiu. A guerra contra as trevas estava longe de acabar, mas juntos, estavam mais prontos do que nunca para enfrentá-la.