eco das sombras

capítulo 11

Ao saírem da mansão, o grupo foi recebido por uma brisa suave que parecia carregar o peso do passado junto com ela. O céu tingia-se de tons alaranjados, prenunciando um novo amanhecer. Apesar do alívio evidente, Clara não podia ignorar a sensação persistente de que algo havia ficado para trás.

"Tem certeza de que está tudo acabado?" Sofia perguntou, sua voz ainda carregada de cautela. Ela segurava a lanterna com firmeza, como se ainda esperasse que alguma sombra se erguesse para persegui-los.

Clara respirou fundo e olhou para a mansão atrás de si. "Acho que o espírito foi libertado... mas aquela casa tem uma energia própria. Não sei se algum dia estará completamente livre."

Leo, que permanecia ao lado de Clara, apertou sua mão com força. "O importante é que saímos vivos. Não vou deixar que isso nos persiga."

Enquanto caminhavam de volta para o carro estacionado na estrada deserta, Clara percebeu que o silêncio entre eles era tanto reconfortante quanto inquietante. Eles haviam sobrevivido, mas o que haviam enfrentado dentro da mansão não era algo que pudesse ser esquecido facilmente.

Ao chegarem ao veículo, Sofia abriu o porta-malas e puxou uma garrafa de água, entregando-a a Clara. "Você parece exausta. Beba algo."

Clara aceitou, sentindo o líquido fresco aliviar sua garganta seca. No entanto, seus pensamentos ainda estavam presos no espelho. As imagens que havia visto, o desespero do espírito, e, acima de tudo, a sensação de que aquilo era apenas o começo.

"Eu vi algo," Clara disse de repente, sua voz baixa. Leo e Sofia pararam de organizar as coisas no carro e a encararam. "Enquanto quebrava o espelho. Não sei explicar, mas foi como se... visse o futuro. Um aviso."

Leo franziu o cenho. "Um aviso? O que você viu?"

Ela hesitou, suas mãos tremendo levemente ao segurar a garrafa. "Não era claro. Apenas flashes. Nós três... em outro lugar, enfrentando algo ainda maior. E havia mais pessoas conosco. Como se isso fosse apenas o primeiro passo de algo muito maior."

Sofia soltou uma risada nervosa, claramente desconfortável. "Ah, não. Eu passei por essa noite inteira acreditando que, uma vez fora dessa mansão, estaria livre de qualquer coisa sobrenatural. Não me diga que estamos presos a isso."

"Eu não sei," Clara admitiu, olhando para as mãos como se buscasse respostas. "Mas sinto que não terminamos. Há algo que precisamos entender... algo que ainda está por vir."

Leo colocou uma mão firme em seu ombro, forçando-a a olhar para ele. "Então, enfrentaremos isso juntos. Como fizemos hoje."

Clara viu a determinação nos olhos dele e sentiu um leve conforto. Não estava sozinha, e isso fazia toda a diferença. Mas, mesmo com aquele apoio, uma inquietação crescia dentro dela. Algo na mansão parecia ter marcado sua alma, conectando-a a um destino que ela não compreendia completamente.

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Alguns dias depois...

A rotina parecia ter voltado ao normal. Clara tentava retomar seu trabalho no café local, enquanto Leo continuava a treinar artes marciais em seu tempo livre. Sofia, por outro lado, dedicava-se a pesquisar sobre histórias semelhantes à da mansão, convencida de que não podiam simplesmente ignorar o que haviam vivenciado.

Naquela noite, enquanto Clara se preparava para dormir, ouviu um leve som vindo de sua janela. Ela congelou, sentindo o mesmo arrepio que sentira na mansão. Lentamente, virou-se para encarar o vidro, mas não viu nada além da escuridão lá fora.

Respirando fundo, tentou ignorar o sentimento de desconforto, mas então o som veio novamente — uma batida suave, quase como um chamado. Aproximando-se cautelosamente, Clara abriu a cortina e viu algo que fez seu coração disparar.

No reflexo do vidro, o rosto do espírito que haviam libertado estava lá, olhando diretamente para ela.

"Clara..." a voz soou como um sussurro, quase inaudível. "Eles estão vindo. Prepare-se."

Antes que ela pudesse reagir, a visão desapareceu, deixando-a sozinha com sua respiração acelerada e um sentimento crescente de perigo iminente. Ela pegou o celular e ligou para Leo, que atendeu imediatamente, sua voz alerta.

"Algo aconteceu," ela disse rapidamente. "Precisamos nos encontrar. Acho que... não estamos seguros."

E assim, a tranquilidade que haviam conquistado desmoronava, trazendo-os de volta ao desconhecido.

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Oie sou eu @afs_lara65 espero que gostem dessa história

Um beijo da @afs_lara 65💋💋