eco das sombras

o portal

Quando o grupo chegou ao coração da caverna, a visão os deixou sem palavras. O portal era um redemoinho de energia pulsante, brilhando em tons de azul e roxo. Simbolismos entalhados no chão ao redor dele pareciam emitir um brilho próprio, pulsando no mesmo ritmo do portal. O murmúrio que ouviram antes agora era um rugido constante, uma mistura de vozes que pareciam lamentar e rir ao mesmo tempo.

"É isso," Sofia disse, quase sem fôlego. "O segundo portal."

Leo deu um passo à frente, inspecionando os entalhes no chão. Ele se ajoelhou, passando a mão por eles. "Esses símbolos... são diferentes dos que vimos antes. Mais complexos."

"Mais complexos como?" Leo perguntou, sem esconder o nervosismo.

"Como se exigissem um sacrifício maior," Adrian respondeu, levantando-se. Ele olhou para Clara novamente. "Você precisa tocar o portal, Clara. É o único jeito de ativá-lo."

"Você está brincando, não é?" Leo interveio, colocando-se entre Clara e Adrian. "Isso soa como uma armadilha."

"Não é uma armadilha," Adrian respondeu com calma. "Mas é perigoso. Todos nós sabíamos disso desde o início."

"Eu vou fazer isso," Clara interrompeu, sua voz decidida. "Se é o que precisa ser feito, eu farei."

"Clara, espera," Sofia começou, mas foi interrompida quando Clara deu um passo à frente, ignorando as advertências.

Ela parou diante do portal, sentindo a energia irradiar dele como calor. Seus olhos se fixaram na energia pulsante enquanto sua mente lutava contra o instinto de recuar. Lentamente, ela ergueu a mão, hesitando por um breve momento antes de tocar a superfície cintilante.

Assim que seus dedos entraram em contato com o portal, um grito agudo encheu o espaço. Não era dela, mas das vozes que ecoavam ao redor. Uma força invisível a puxou, e imagens começaram a invadir sua mente - lugares que ela nunca havia visto, rostos desconhecidos, e uma escuridão avassaladora que parecia engolir tudo.

"Clara!" Adrian gritou, tentando alcançá-la, mas uma barreira invisível o impediu. Ele bateu contra ela, gritando novamente: "Resista! Você consegue!"

Clara apertou os olhos, lutando para não perder a consciência. A escuridão parecia tentar dominá-la, mas, no fundo, havia uma luz - fraca, mas constante. Era sua força, sua determinação. Ela se agarrou a isso, recusando-se a ceder.

De repente, o portal explodiu