Capítulo 2

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No alto da Colina de Melancolia
Tem uma árvore de plástico
Você está aqui comigo?
Apenas esperando o dia
De outro sonho

On melancholy hill



Patrick afastou a fruta do rosto sentindo cocegas. Baskin insistiu em esfrega-la na bochecha dele, apenas para ouvi-lo rir e saber que afastaria o pêssego. Ela então deu uma mordida pequena, fazendo o possível para chupar o liquido doce e não sujar o vestido de babados. Estendeu para Patrick, deixando que comesse também.

Eles estavam muito longe de casa. O suficiente para ficarem de castigo.

— Patch, um peixe enorme. – apontou para o rio com um sorriso.

Ambos tinham cinco anos. Sabiam ler algumas palavras e escrever o próprio nome. O livro que mais gostavam era do Pinóquio porque Patrick mentia e ficava vesgo tentando saber se o nariz cresceu. Baskin vivia roubando o nariz dele durante as brincadeiras para correrem pelo quintal.

— Vamos pescar e levar de presente. – sugeriu Baskin sorridente, imaginando a cara da mãe ao receber.

— Não! Está frio! – passou a manga do casaco no canto dos lábios para limpar.

Ela virou-se para ele fazendo bico.

— Comeu tudo! – bateu o pé no chão de pedras – Meu pêssego.

— Não era para mim?

— Não!

— Tem um pouco. – estendeu o que restara, deixando-a ainda mais emburrada.

— Não quero. – cruzou os braços virando o rosto.

Patrick comeu o resto e limpou as mãos na roupa.

Baskin voltou a olhar para o rio.

— E o peixe?

— Nadando. – Patrick a respondeu fazendo-a rir.

— Quero brincar de nadar!

— Está frio! – repetiu.

Não era comum dias frios no Texas, porém estava estranhamente acontecendo.

Com a recusa do amigo, Baskin caminhou para longe do rio, estendendo as mãos para as margaridas ao redor da árvore em que se escondiam. Conseguiu puxar algumas, ignorando a maneira com que o fino caule machucava sua pele.

— Flores! – ergueu todas elas para Patrick.

Baskin confusa para o ponto preto que a rodeava, tentando afasta-lo do seu rosto. Deu três passos para trás desajeitadamente, afundando o calcanhar na terra fofa, caindo de bunda no chão. A abelha pareceu irritar-se profundamente com a menina, afundando o ferrão em sua mão.

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