Alguns garotos pegam uma linda garota
E a escondem do resto do mundo
Eu quero ser aquela que caminha no Sol
Oh, garotas, elas querem se divertirGirls just want to have fun
Todas as grandes histórias de heróis destinados a conquistar o mundo começam com outra grande história. Não seria diferente dessa vez!
Tudo começou com o encontro inesperado de Randi Martin e Lucy Howard no parquinho. Lucy estava indo tão alto, que escorregou e bateu a boca no chão, perdendo seu dente de leite da frente. Randi apressou-se para socorrer a estranha menina de cabelo preto cortado na nuca, sem imaginar que aquela seria sua melhor amiga da vida.
Desde daquele dia estranho com muito choro, desespero e sangue, elas não se separaram.
Eles ouviam os mesmos cantores, penteavam o cabelo uma da outra, furaram a orelha escondido e fingiam frequentar a igreja. Muitas das vezes matavam aula para paquerar os rapazes do baseball ou conseguir milk-shake grátis dos rapazes endinheirados. Elas sonhavam em deixar o Texas e todo seu conservadorismo hipócrita. Estavam igualmente cansadas da vida que a esperavam.
Lucy e Randi namoraram no mesmo ano, e foram juntas para o baile outonal com os receptivos namorados. Lucy conseguiu um herdeiro petroleiro muito disputado no Texas, e Randi conquistou o coração de um atleta promissor.
Imediatamente acreditaram que deixariam aquele estado fracassado.
Randi sonhava em ser arquiteta. Lucy estudava para ser advogada.
Invés de uma universidade, elas se casaram no mesmo ano. Ganharam diamantes bonitos e grandes o suficiente para pesar o dedo. Decoraram juntas as casas em que morariam. Dividiram seus novos sonhos para um futuro perfeito de muita fama longe do Texas.
Contudo, elas nunca deixaram aquele estado.
Elas engravidaram ao mesmo tempo, e passaram todo o processo juntas.
No dia dezessete de setembro do ano 1995 elas deram a luz juntas.
Patrick Mahomes II nasceu ás 09:00 da manhã com três quilos e trinta e seis centímetros.
Baskin Nielsen nasceu ás 09:01 com dois quilos e oitocentos e vinte e nove centímetros.
Lucy e Randi dividiram o mesmo quarto, apaixonadas por seus filhos desde o primeiro segundo que o conheceram, sabendo que seriam melhores amigos para sempre, assim como elas.
Baskin e Patrick cresceram juntos. Eles não só cochilavam no mesmo berço quando suas mães se sentavam para fofocar e beber vinho, como também se batiam quando ficavam estressados com a presença um do outro.
Eles tiveram as fraldas trocadas no mesmo lugar, comeram papinha ao mesmo tempo, aprenderam a rir imitando-se, tiveram o cabelo crescendo na mesma época, engatinharam pela casa lado a lado, reclamaram como bebês por horas afinco, aprenderam a gostar de bagunçar juntos, deram seus primeiros passos no mesmo minuto e disseram suas primeiras palavras como uma dupla dinâmica.
A primeira palavra de Baskin fora Patch.
A primeira palavra de Patrick fora Kim.
Se Lucy e Randi eram inseparáveis, então seus filhos eram a mesma alma.
Não existia Baskin sem Patrick.
Não existia Patrick sem Baskin.
Eles brincavam de casinha juntos com os coelhos minúsculos de Baskin, porque eram os favoritos dela. Pulavam nas poças de lama feita pela chuva, sabendo que levariam bronca de suas mães. Raspavam a sobrancelha um do outro escondido. Jogavam-se em folhas alaranjadas de mãos dadas.
Em todos os aniversários dividiam o enorme bolo, sendo que Patrick nunca perdia a chance de se inclinar e comer um grande pedaço antes de apagar as velas. Baskin ganhava bonecas, enquanto ele recebia tacos de baseball. Pisavam nos balões gritando com o barulho e rindo.
Eles eram grandiosamente felizes naquele belo lugar no Texas. Tão felizes que não se importavam o suficiente com as batalhas de seus pais, principalmente das suas mães.
— Acho que nossos filhos vão se casar. – Lucy disse durante uma tarde de verão balançando lentamente na cadeira. Randi riu para ela, sem concordar ou discordar – Seria um sonho fazermos parte da mesma família, não é? Dividir a custodia dos nossos netos.
— Está muito cedo para pensar em netos, eles acabaram de completar três anos.
— A vida é uma brisa quente. Leve, repentina, e apressada. – suspirou melancólica – Eles nasceram em setembro, é o melhor mês para casamentos.
— Você é uma casamenteira sem causa.
— É meu charme!
Patch e Kim estiveram na pré-escola juntos, divertindo-se mais que todas as outras crianças, construindo uma bolha que apenas eles existiam. Ela pintava todos os desenhos de roxo, e ele coloria o seu com todos os lápis disponíveis. Baskin usava caneta permanente para desenhar bigodes em Patrick e sobrancelhas expressivas. Patrick usava uma tesoura para cortar o cabelo de Baskin quando brincavam.
Eles caçavam borboletas, grilos, cigarras, besouros, libélulas, cães, gatos, qualquer animal ou inseto que fosse capaz de fugir. Corriam pela grama recém-cortada gritando palavras desconexas na língua dos bebês e não paravam até um deles cair e chorar.
Nunca houve um dia em que estiveram separados, até o dia que aconteceu.
Ainda assim, perderam todos os dentes de leite juntos, apesar de Baskin sempre precisar acalmar Patrick, pois ele sentia pavor de dentes, principalmente a cair. Ele odiava a fada do dólar, mas ela colecionava as notas novinhas na gaveta cheia de vestidos.
Baskin amava sapatinhos de boneca, e mesmo que levasse uma grande bronca, enfrentava a terra úmida com Patrick e seus tênis de sola brilhante. Eles comiam uvas escondidos do pai de Baskin, encolhendo-se atrás de uma antiga árvore, sorrindo um para o outro sendo cumplices de um grande crime.
Diferente de suas mães, eles nunca sonharam em deixar o Texas. Pelo contrário, amavam a liberdade de poder correr por todos os lugares, encontrar uma aventura a cada esquina, dividir momentos tolos e surpreendentes, amadurecer lentamente, e viver o hoje, nunca o amanhã ou o depois.
Na maioria das fotos era possível vê-los juntos, aprontando muito naquele estado odioso. De mãos dadas ou não, continuavam lado a lado. Com roupas sujas ou limpas, sempre sentados na escada no pôr do Sol. Brincando de casinha com minis coelhos ou jogando bola, jamais sozinhos. Penteando o cabelo ou os cortando, sempre sendo cumplices.
Tudo começou no dia que nasceram. Em setembro. No mês nove. O número do amor puro e do fim de ciclos.
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Mahomes
Fiksi PenggemarO passado não podia ser mudado. Ao criar consciencia dos erros cometidos, bastava aceitar e lidar da melhor maneira possível no presente. No entanto, Patrick não podia mais permitir que sua vida continuasse sendo uma montanha-russa de emoções, princ...