Capítulo 3

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Não consigo ver você agora, meu coração está congelado
Todos os arcos e os crescimentos

Foram cravados em minha alma
Eu rezei sobre o inalterável
Mesmo assim me agarrei aos átomos de pedra
Veja os ajustes, sinais de mudança

Rhinestone eyes



Baskin tentou tocar a música novamente no piano, porém errou muitas notas, então preferiu socar as teclas até que o som se tornasse irritante e chamasse a atenção do seu pai. Sorriu docemente, piscando os longos cílios.

— Isso são modos pra uma dama?!

— Desculpa, papai.

Ao completar sete anos ela começou a ter aulas de piano para conquistar uma boa posição social e aparentemente um marido, mas sua mãe gostava de dizer que era pra isso. O único hobby de Lucy era decoração e jardinagem, ela amava ambos. Ou melhor, ela aprendeu a gostar, pois todos seus livros irritavam seu marido.

— Eu estava gostando mais da batida, querida. – Lucy elogiou a filha, recebendo um sorriso da menina.

Não havia mais muito tempo para brincadeiras com Patrick, porque além do piano, ela precisava aprender a falar francês e italiano. As palavras eram difíceis de compreender, e sempre ignorava a professora de óculos no nariz empinado. Tinha jantares que precisava responder algumas perguntas do pai, e os erros o deixava furioso. Ela simplesmente não gostava daquilo.

Patrick também estava sem tempo, mas ele se divertia todos os dias depois da escola jogando baseball. Baskin sempre se despedia chateada, pois teria que ser forte e aguentar as aulas de etiqueta.

Aos dez anos eles foram separados na classe, a distancia fez com que Patrick ficasse de recuperação, pois não tinha mais ninguém para colar, e seus pais não tinham tempo para ensina-lo. Ele sentava a mesa ouvindo-os brigar um com o outro, batendo talheres e copos, nunca dando atenção ao que tinha a dizer.

Caras durões também mereciam carinho.

Felizmente era bom no baseball. Muito bom.

Patrick conseguia cruzar o campo como um foguete, e ele curtia foguetes quando aparecia na televisão. Sempre via o pai na arquibancada gritando por ele com sua voz feroz, então fazia sua cara de durão para assustar seus oponentes e balançava o taco igual a um profissional da liga.

Baskin também o assistia, mas ela sempre reclamava do sol, sardas, e bancos duros. Damas não gostavam de jogos, de acordo com ela. Então apenas sentia muito, porém prometia que quando estivesse entre os grandes, sendo um dos jogadores do Royals, ela teria um camarote digno de uma dama.

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