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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ𝐄𝐒𝐓𝐀𝐂𝐈𝐎𝐍𝐄𝐈 o Mustang em frente à mansão Sinclair e fiquei alguns segundos observando a cena à minha frente. O som do motor morrendo parecia quase um alívio em comparação ao burburinho que emanava da casa.
A entrada estava repleta de carros de luxo — Mercedes, BMWs, e até um Rolls-Royce. Luzes suaves iluminavam o gramado perfeitamente aparado, enquanto convidados elegantes circulavam entre taças de champagne e conversas discretas.
Ao descer do carro, dei uma última ajeitada na gola da minha camisa Versace, sentindo o ar quente de Los Angeles contrastar com a brisa suave que vinha da costa. A noite estava impecável, o tipo de noite que Clarisse Sinclair sabia como orquestrar com perfeição.
Parei na entrada por um momento, observando o movimento. Havia algo no ar que deixava claro que essa não era apenas uma festa qualquer. A família Sinclair estava em festa — a entrada de Sophia na UCLA era o grande evento do momento, e Clarisse não perderia a oportunidade de transformar isso em um espetáculo. Meus pais já estavam lá dentro, misturados aos convidados e, claro, aproveitando a oportunidade para reforçar laços de negócios.
Entrei no salão, onde o brilho das taças de cristal e os lustres de ouro combinavam com o brilho nos olhos dos convidados. Clarisse, usando um vestido preto Givenchy e joias que pareciam cintilar ainda mais com o reflexo das luzes, estava parada ao lado de minha mãe, Elena. As duas compartilhavam aquele mesmo gosto pela elegância e sofisticação.
Antes que eu pudesse me aproximar, vi Charles Sinclair perto do bar, conversando animadamente com meu pai, Michael Chavez, e o pai de Cooper, Robert Koch. Charles sempre parecia tão à vontade, a figura perfeita de um magnata que conseguia ser tanto um anfitrião caloroso quanto uma presença intimidadora.
Decidi me aproximar.
──── Nicholas! ──── Charles exclamou assim que me viu. Ele abriu os braços num gesto exagerado e amigável, como se estivesse me vendo pela primeira vez em anos. ──── Que bom que você veio, rapaz! Não podia perder a festa, não é?
Ele riu, me cumprimentando com um aperto de mão firme. Ao seu lado, meu pai sorriu discretamente, já conhecendo a formalidade exagerada de Charles.
──── Claro que não, senhor Sinclair. Não perderia a celebração de Sophia. ──── respondi, tentando parecer tão casual quanto ele.
Charles riu novamente e me ofereceu uma taça de whisky que estava segurando.
──── Você tem que experimentar isso, garoto. Um Glenfiddich de 30 anos. Eu guardava para uma ocasião especial, e hoje parece ser o dia perfeito para isso, não acha? ──── Ele me entregou a taça com um sorriso de quem já tinha bebido alguns goles.
Peguei a taça, balançando o líquido âmbar suavemente, antes de levar aos lábios. O gosto forte e defumado do whisky desceu quente pela minha garganta, e eu sorri.
