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ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ𝐀𝐒𝐒𝐈𝐌 que cheguei em casa, o frescor do ar-condicionado da mansão foi um alívio bem-vindo após o calor da tarde de Los Angeles. As sacolas de compras pesavam em minhas mãos, mas meu humor leve ainda pairava no ar, resquício do café agradável com minha mãe e minha avó.
Subi os degraus de mármore com calma, pensando em como aquela manhã fora revigorante. Porém, logo ao cruzar o corredor em direção ao meu quarto, ouvi a voz do meu pai, Charles, em um tom mais alto do que o habitual.
Ele apareceu de repente na entrada do escritório, carregando uma expressão de pressa e exasperação.
──── Ah, finalmente! Sophia, onde você estava? ──── Ele suspirou e me olhou com uma urgência que raramente via em seus olhos. ──── Temos uma reunião de última hora com uma empresa mexicana. Algo importante, e você precisa se apressar para estar pronta.
Fiquei em silêncio por um segundo, absorvendo o choque da informação. A reunião, o México, o tom de pressa — tudo parecia um pouco irreal, especialmente depois do dia tranquilo que eu acabara de ter.
──── Pai, é sério? Uma reunião hoje? ──── Questionei, ainda sem entender por que ele precisava que eu estivesse lá também.
Ele esfregou a testa, como se tentasse reunir a paciência que claramente estava lhe escapando.
──── Sim, sério. Não é só uma reunião qualquer, Sophia. É com um grupo estratégico, e será uma excelente oportunidade para você ver como lidamos com negociações reais. Então, vá se arrumar. Não quero que se atrase.
──── Tudo bem, eu só... não estava esperando por isso. ──── murmurei, tentando esconder minha surpresa enquanto deixava as sacolas no canto do corredor.
──── Bem-vinda ao mundo dos negócios, minha filha. Nem sempre há tempo para esperar. ──── Ele disse, mais suavemente agora, me observando com um breve sorriso. ──── Vista algo elegante, mas que inspire confiança. E por favor, algo sóbrio, sim?
Acenei, já planejando mentalmente o look perfeito. Roupas de negócios não eram exatamente o que eu havia imaginado para a tarde, mas o tom sério dele deixou claro que aquilo não era um simples compromisso social. Em vez disso, me encontrava prestes a adentrar mais fundo no mundo que meu pai comandava.
No meu quarto, passei alguns minutos tentando decidir entre um vestido preto justo de corte reto e um blazer cinza de linho com uma calça clássica. Optei pela segunda opção, achando que o blazer passaria uma imagem mais profissional. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo baixo, passei um batom nude e me observei no espelho, tentando ver ali a jovem que meu pai queria ao seu lado.
Depois de alguns ajustes finais, desci as escadas, já de pasta em mãos, e encontrei meu pai ao lado da porta da frente. Ele observou minha escolha de roupa e deu um aceno de aprovação.
