POV - Catra
- Posso entrar? - Diz meu pai batendo na porta de meu quarto e abrindo uma frestinha, eu passei o resto dos dias da semana quieta, Korra, Entrapta e Scorpia tentavam me animar mas não adiantou, elas queriam hoje fazer o fim de semana das amigas, mas sem condições, eu e Adora não nos falamos, eu não mandei mensagem e nem ela. A foto foi apagada. Asami me ligou ontem para ver se estava tudo bem, nos falamos pouco, Korra me disse que Charlotte teve até que fazer cirurgia no maxilar, eu nem dei muita bola.
- Filha posso entrar? - Meu pai fala novamente abrindo a porta.
- Eu não quero almoçar pai. - Eu digo em tom baixo virando na cama, ele se aproxima e senta na cama virado pra mim passando a mão em meu rosto enxugando as lágrimas.
- Adora está aqui… o que aconteceu? Ela está péssima igual a você. - Meu pai me pergunta preocupado.
- Eu não quero falar com ela pai... e nem sobre o que aconteceu. - Digo direta.
- Vamos lá, eu sou seu pai querido e amado - Eu do um sorriso triste e leve.
- Pai são coisas complexas, e não sei se o senhor iria lidar bem com tanta informação, mas digamos que uma magoou a outra, mesmo que indiretamente. - Eu falo me sentando na cama.
- Entendo... olha, quando eu era jovem eu e sua mãe passamos por dificuldades, a gente namorou desde o ensino médio, como você e a Adora. Teve um ano que eu e ela quase não tínhamos tempo um para o outro e acabamos cometendo erros, ela conheceu um rapaz e teve dúvidas do que sentia por mim então eu a larguei pois não aceitava suas dúvidas, não entendia, ela ficou triste, acabou pegando esse rapaz, eu vi na saída da escola eles se beijando e naquele momento eu entendi o erro que cometi, eu facilitei e não corri atrás dela, apenas deixei. Naquele momento em diante eu fiz de tudo para reconquistar sua mãe e deu certo... o que quero te dizer é que se o amor é de verdade, se é forte, a gente tem que deixar certas coisas de lado, vermos nosso erro e consertá-los, imagina se eu não tivesse corrido atrás, eu não teria meu maior tesouro... você - Ele fala e eu choro o abraçando - Seja lá o que for que ocorreu conversem e se não der pra reconciliar então cada uma segue seu caminho, mas abram o coração uma pra outra.
- Eu te amo pai, obrigada por ser o melhor pai do mundo. - Digo ainda o abrançando e tentando acalmar meu choro.
- Eu que tenho que agradecer por ter a melhor filha do mundo - Ele me dá um beijo no rosto - Posso dizer pra ela entrar?
- Sim... e que seja o que os deuses quiseram. - Ele sai do quarto eu me levanto, amarro meu cabelo e fico esperando, até que Adora aparece.
- Hey Catra. - Adora fala cabisbaixa e abatida.
- Adora…
- Eu... nem sei como começar a falar, ou por onde começar. - Eu fico em silêncio a encarando.
- Que tal "Catra eu fui uma babaca,não te ouvi e fui dormir com a vagabunda que te esculacha"? - Eu digo um pouco mais ríspida que o esperado.
- Olha eu... eu não medi minhas ações... - Eu interrompo ela.
- Assim quando não mediu quando quis fazer um ménage e cagou com tudo.
- Era só você ter negado. - Ela fala baixinho.
- Sério Adora??? Eu ainda perguntei se você tinha certeza, não me culpa pelos seus erros, pode me culpar por ter sentido uma atração por Charlotte, por ter deixado ela se aproximar o suficiente pra me beijar, me culpar por ter te dado um pé na bunda sem necessidade, mas não me culpe por ter feito sexo com ela sendo que eu propus outra coisa.
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Nossas escolhas
Teen FictionSempre temos escolhas, podemos tentar, podemos desistir, podemos lutar, ou apenas deixar ir. Um amor supera distância? Supera diferenças? Até onde vai o amor? *****PLÁGIO É CRIME***** Conteúdo explícito Catra(G!P) link da imagem https://pin.it/1R2z...