Feridas que não cicatrizam

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                   POV - Catra
 
Ao longo do caminho pra casa de Adora fiquei reparando na diferença daqui pra Thaymor, aqui tem casas grandes e médias, lá as casas digamos que são bem mais humildes. Aqui é tudo limpo, tem árvores lindas e asfalto em todas as ruas. Chegamos a casa de Adora, nos despedimos de Asami e noto que a casa de Adora é das casas médias, jardim na frente, dois andares, casa típica de filme americano, toda branca, mas grande, maior que a que ela morava.

- Mudou bem hein Adora. - Digo cutucando ela.

- Ah essa casa é a que a empresa deu pra gente morar, não é nossa em si mas meus pais pretendem comprar algo - Ela diz meio envergonhada - Bom vamos entrar - entro com ela e dentro realmente percebi que é igual casa de filmes americanos - MÃE CHEGUEI!! - Ela grita.

- AQUI NA COZINHA FILHA!! - Eleonor responde e vamos até lá.

- An... mãe, a... a C-catra veio passar a tarde aqui em casa... tem... problema? - Adora fala coçando a nuca e ficando vermelha, Eleonor que estava virada para a pia se vira de olhos arregalados para mim.

- Catra! - Ela chega perto de mim e me dá um abraço apertado - Aleluia que vocês se entenderam, eu não aguentava quando a Adora vinha com os amigos e aquela menina que ela... como vocês dizem... ficava?? - Eu aceno sim com a cabeça - Então, ela vinha e ficava me rodeando puxando meu saco, me chamando de sogrinha, menina chata, como ela se chama Glitter?? - Eu tento segurar a risada, mas falho.

- Glitter… Gostei vou chamar ela só assim. - Digo e eu e Eleonor caímos na risada.

- Esqueci que vocês duas juntas não valem nada. - Adora diz tentando parecer séria mas acaba rindo.

- Bom então vamos almoçar, eu não fiz nada especial, se soubesse que você vinha eu teria feito algo melhor.- Ela diz educadamente.

- Senhora Eleonor, o que a senhora fizer está ótimo ,eu que apareci de intrusa. - Digo me sentando.

- Você jamais vai ser intrusa querida e não me chame de senhora por favor né, sou uma jovem mulher na flor da idade. - Ela diz rindo.

Nos sentamos a mesa. Eleonor fez macarrão à carbonara. Conversamos bastante no almoço, ela em nenhum momento perguntou sobre nosso término, claro que ela deve saber, mas está muito feliz que estou aqui e aparentemente eu e Adora estamos bem. Após o almoço eu  a ajudo lavar a louça e conversamos sobre coisas aleatórias, ao fim eu e Adora subimos para o quarto dela. Quarto de Nerd, vários bonecos dos X-Men em uma estante, alguns gibis e alguns livros, uma cama box, um guarda roupa e um banheiro também.

- Nerd como sempre. Seu quarto é lindo e amei a cama nova... - Digo sugestivamente.

- Você não perde tempo né? - Ela me beija rápido e ao separar vejo que ela está com uma cara de quem quer perguntar algo.

- O que você quer perguntar Adora??

- Por que você não quis tentar? Eu... eu sei que a mudança assusta, mas a gente estava muito tempo juntas, isso não seria nada... - Eu me afasto e sento na beira da cama dou um suspiro e começo a falar.

- Lembra que eu nunca te falei da minha mãe? - Ela concorda com a cabeça - Minha mãe e meu pai se separaram, foi quando entrei na escola de Thaymor, bom o caso é que meus pais se separaram e minha mãe não quis ficar comigo, segundo ela era por que ela não teria tempo pra mim, eu morava em Mystacor, isso você já sabe, ela sempre me garantiu que a gente sempre se veria nos fins de semana, feriados essas coisas... isso nunca aconteceu - Nessa hora Adora segura a minha mão - Eu mandava mensagens e no início ela respondia, depois de um tempo ela simplesmente sumiu, não me atendia nem nada. Um dia eu fui até onde ela disse que morava em Mystacor e quando estava chegando na casa dela a vi com um novo cara e uma criança, eles entraram e ela foi tirar umas coisas do carro. Me aproximei e ela disse que eu não deveria estar ali, que ela tinha uma nova vida, que tinha um enteado e que as coisas mudam, que tudo mudou. - Lagrimas começam a sair dos meus olhos - E... depois saí correndo. Quando cheguei em casa aos prantos meu pai disse que já sabia mas não me contou pra não me magoar, eu achei que isso iria acontecer com você, você mudar, me esquecer e arrumar outras pessoas, que no caso arrumou... eu quis evitar sentir tudo de novo, me perdoa Adora. - Eu coloco minhas mãos em meus rosto e começo a chorar de soluçar.

- Catra... eu... eu sinto muito, eu jamais te abandonaria, eu te amo mais que tudo, amor não fica assim,estou aqui e não vou a lugar algum, eu não te esqueci e não precisa pedir perdão - Ela me abraça forte, limpa minhas lágrimas e me beija - Como senti falta de você Catra, nunca mais ouse me deixar.

- Eu não seria louca de cometer o mesmo erro duas vezes - a gente se beija novamente um beijo cheio de ternura mas que se torna cada vez mais quente, sinto nossos corpos quentes, nossas línguas entrelaçadas, a jogo na cama e começo a dar beijos em seu pescoço.

- Ohhh Catra… - Ela geme e eu sinto meu membro ficando duro no short de compressão, desço minha mão até a bainha de sua camisa e começo a subir ela lentamente enquanto beijo seu abdômen definido, tiro sua blusa a deixando só de top e a beijo,  começo a esfregar meu pau já duro em sua intimidade.

- Aahhhh, Adora... você me deixa louca - Eu tiro minha blusa, ficando apenas de sutiã, junto nossos corpos, nossas peles quentes fazem eu ficar mais louca - Eu quero você Adora, quero você toda pra mim. - Eu falo isso e ela me empurra e tira seu top, em seguida começa a tirar sua calça até que escutamos batidas na porta... ainda bem que estava fechada.

- Catra... Adora, venham me ajudar aqui, eu não consigo instalar um aplicativo nesse celular. - Diz Eleonor.

- JÁ VOU MÃE! - Diz Adora desacreditada - Céus... tinha que ser logo agora, eu acho que preciso passar um tempo com minha mãe pra ensinar ela a tirar suas dúvidas sozinha sobre celular.

- Com certeza Adora, nossa, pow bem na hora, ensina ela a usar o Google né pelo amor. - Digo frustrada. Tento me concentrar para me recompor afinal, não é fácil baixar o negócio, ainda mais com Adora aqui - Adora coloca a roupa logo, assim tu não facilita.

- Sou demais pra você Melog? - Ela diz provocativamente.

- Sério, sua mãe está esperando, daqui a pouco ela volta a bater na porta.

- Ok ok - Ela solta uma risada. Se passa um tempinho e já estou pronta, descemos as escadas e nos juntamos a Eleonor na sala.

- Demoraram hein... oh... eu interrompi vocês, me desculpa. - Ela diz percebendo o ocorrido.

- Maaaeeeee!! - Adora fala ficando vermelha.

- O que filha? Eu já fui jovem, também fazia isso, mas usem proteção né. - Adora fica um pimentão.

- Mãe chega por favor. Me dá aqui o seu celular. o que você quer baixar?

Adora vai e se senta ao lado de Eleonor e fica ali ajudando a mãe, no fim o celular só estava com pouca memória, me sinto como a meses atrás novamente, como se nada pudesse nos separar. A tarde passa tranquila, Eleonor até fez um bolo e fez questão que eu levasse para meu pai, ela me levou até em casa, no caminho disse o quanto estava feliz que a gente estava bem novamente e que sou sempre bem vinda. Foi uma tarde maravilhosa, eu devia ter tentado isso antes.

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Aos poucos elas se entendem

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