Jogos de Amor e Luxo!

Capítulo 2

 O Jogo de Fogo e Som.

Após aquela noite inesquecível no carro, algo mudou entre Gustavo e Eva. A tensão que antes era um jogo de provocações agora havia se transformado em uma faísca constante, difícil de apagar. Eles sabiam que estavam se metendo em território perigoso, mas era justamente esse risco que fazia tudo ainda mais irresistível.

Os dias que se seguiram foram cheios de mensagens trocadas, encontros rápidos e olhares disfarçados. Eva se tornou uma presença constante nos bastidores dos shows de Gustavo. Enquanto ele subia ao palco e encantava as multidões com seu carisma e rimas afiadas, ela o observava das sombras, sabendo que aquele magnetismo que ele emanava era algo que ela também tinha o poder de controlar.

Nos camarins, entre um show e outro, o desejo que queimava entre os dois era quase impossível de ser contido. Assim que as luzes do palco se apagavam, Gustavo se virava em direção a Eva, que o esperava com um sorriso malicioso, e a puxava para perto, como se o mundo lá fora deixasse de existir. A adrenalina de se entregar àquele relacionamento secreto apenas aumentava o apelo.

Certa noite, após um show repleto de energia e aplausos, Gustavo entrou no camarim ainda ofegante, o suor misturando-se ao brilho das luzes que refletiam em sua pele. Eva estava lá, esperando por ele, com um olhar que dizia tudo o que palavras não precisavam expressar. Sem perder tempo, ele trancou a porta atrás de si e se aproximou, segurando seu rosto com firmeza antes de devorá-la em um beijo urgente.

— Você sabe que cada vez que te vejo assim, não consigo pensar em mais nada, Eva — ele murmurou contra seus lábios, as mãos explorando suas curvas, sentindo o corpo dela se curvar em resposta.

Ela riu baixinho, deslizando os dedos pelo peito dele, enquanto Gustavo a empurrava contra a parede do camarim. — E quem disse que eu quero que você pense? — respondeu, puxando-o pela gola da camisa, os lábios agora colados aos dele, as palavras saindo como um desafio.

As roupas rapidamente se tornaram obstáculos desnecessários, e logo eles estavam envolvidos em mais uma noite de pura intensidade. Gustavo explorava cada centímetro de Eva com as mãos e os lábios, enquanto ela respondia com gemidos suaves, incentivando-o a ir mais fundo, a ser mais ousado. O pequeno espaço do camarim parecia incapaz de conter a paixão que transbordava entre os dois. Os espelhos e as paredes refletiam o momento, o som de suas respirações e os murmúrios baixos preenchendo o ambiente abafado.

A cada encontro secreto, o desejo entre eles crescia ainda mais, como um vício que os consumia. Eles se encontravam nos bastidores, em corredores escuros e em camarins trancados, onde ninguém poderia interrompê-los. As mãos de Gustavo se perdiam nos cabelos de Eva, enquanto ela o prendia contra a parede, marcando-o com beijos e arranhões, como se quisesse deixar sua marca nele.

Os shows se tornaram mais do que apenas performances para Gustavo. Agora, eles eram a antecipação do que viria depois: os beijos ferozes, as mãos explorando, as roupas que eram jogadas ao chão com urgência. Eva acompanhava cada show, cada cidade, sempre mantendo a imagem de mera espectadora, enquanto por trás das cortinas, os dois compartilhavam um segredo que ardia como fogo.

Mas, no fundo, eles sabiam que esse jogo perigoso não poderia se manter nas sombras para sempre. O olhar de Gustavo, antes tão seguro, agora carregava uma nova intensidade quando se encontrava com o de Eva, como se algo a mais estivesse em jogo além da atração inicial. E Eva, que sempre gostou de controlar as situações, começava a sentir o peso desse sentimento novo que nascia entre carícias e beijos roubados.

Naquela noite, enquanto o mundo aplaudia Gustavo do lado de fora, os dois se entregavam ao desejo atrás da porta trancada, sem perceber que cada encontro tornava impossível voltar atrás. Eles estavam brincando com fogo, e cada beijo, cada toque e cada vez que se entregavam um ao outro apenas aumentava as chamas.