Capítulo 34

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A Visita Indesejada.

Com o oitavo mês de gestação, Eva estava em casa, cercada por conforto e amor. As paredes da mansão ecoavam risos e a expectativa pela chegada de Madeline. Gustavo estava fora, trabalhando em seu próximo álbum, e Benjamim tinha passado para ajudá-la a se preparar para a nova fase da vida. Mas, naquele dia, um clima de tranquilidade foi abruptamente quebrado.

A Chegada de Clara

Eva estava sentada no sofá, com um travesseiro apoiando suas costas, quando ouviu o barulho de uma batida forte na porta. O coração dela disparou, não esperava visitas. Ao abrir, se deparou com Clara, que estava com um olhar descontrolado e uma expressão que ela jamais tinha visto.

— O que você está fazendo aqui, Clara? — Eva perguntou, tentando manter a calma, mas sentindo um arrepio na espinha.

— Eu vim falar, Eva — respondeu Clara, sua voz carregada de raiva e desprezo. — E você melhor me ouvir.

Eva tentou fechar a porta, mas Clara a empurrou com força, entrando na casa como uma tempestade. O ambiente estava pesado, e o clima tenso fez o coração de Eva acelerar ainda mais.

A Ameaça

— Clara, saia da minha casa! — Eva exigiu, sua voz firme, mas com um leve tremor.

Mas Clara estava longe de se intimidar. Com um movimento rápido, ela puxou uma arma da bolsa, apontando-a diretamente para Eva.

— Eu não estou aqui para brincar! — Clara gritou, seus olhos cheios de fúria. — Você pode ter tudo, mas eu não vou deixar você estragar a minha vida também.

Eva sentiu a adrenalina percorrer seu corpo. Ela estava atordoada, mas a proteção de sua filha era tudo o que importava. O instinto materno falou mais alto.

— Você não vai fazer nada com a minha filha! — gritou Eva, tentando manter a compostura, mas seu coração estava em desespero.

Benjamim ao Resgate

Nesse momento, Benjamim, que estava na cozinha, ouviu os gritos e correu para a sala. Ao ver a cena diante dele, seu coração disparou.

— Clara, o que você está fazendo? — Benjamim disse, colocando-se entre Clara e Eva. Ele olhou para a arma com determinação, tentando desviar a atenção da ex-namorada.

— Afaste-se, Benjamim! — Clara gritou, sem tirar os olhos de Eva. — Não se intrometa!

— Eu não vou deixar você machucar a Eva! — Benjamim declarou, firme e protetor. — Acha que isso vai resolver alguma coisa? Você não é assim!

Clara hesitou, o olhar dela mudando entre a raiva e a insegurança. A tensão na sala era palpável.

O Confronto Final

— Você não tem ideia do que está fazendo — continuou Benjamim, sua voz mais calma, mas ainda cheia de autoridade. — Você pode se sentir perdida e sozinha, mas ameaçar a vida de alguém não vai te levar a lugar nenhum. Pense no que está fazendo.

Nesse momento de vulnerabilidade, Clara olhou para a arma e depois para Eva, que a observava com uma mistura de medo e compaixão. A expressão de Eva não era de ódio, mas de tristeza pela amiga que havia se perdido no caminho.

— Clara, eu não sou sua inimiga. Eu só quero viver em paz — disse Eva, tentando quebrar o gelo que pairava entre elas.

As palavras de Eva pareciam tocar Clara de alguma forma. Com um tremor nas mãos, ela abaixou a arma, mas a raiva ainda ardia dentro dela.

— Você pode achar que ganhou tudo, mas isso não é o que parece — Clara sussurrou, antes de finalmente dar um passo para trás. — Isso não acabou.

E, com um último olhar desdenhoso, Clara saiu da mansão, deixando para trás um ar de tensão e alívio.

A Conexão de Amizade

Benjamim imediatamente se virou para Eva, envolvendo-a em um abraço apertado.

— Você está bem? — perguntou, preocupado, enquanto ela se deixava levar pelo alívio e pela adrenalina.

— Eu estou... mas isso foi aterrorizante — disse Eva, sentindo as lágrimas escorrerem. — Eu não quero mais esse tipo de conflito.

— Não se preocupe, eu estou aqui por você — Benjamim garantiu, enquanto segurava as mãos dela, que tremiam. — Ninguém vai machucar você ou a Madeline.

Nesse momento, Eva sentiu a força da amizade e do amor ao seu redor. Mesmo diante das ameaças e dos desafios, ela sabia que, com Benjamim e Gustavo ao seu lado, era possível enfrentar qualquer tempestade.

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