Capítulo 13

2 2 0
                                    

Esperança na Espera.

Uma semana havia se passado desde que o acidente ocorreu, e a angustiante espera por notícias de Gustavo e Benjamim parecia interminável. Eva estava em casa, no quarto de Gustavo, cercada por um silêncio pesado. Talita se certificou de que tudo estava em ordem, mas a tensão era palpável. Eva havia sofrido um sangramento forte e, apesar de já estar estável, a preocupação com a saúde do bebê a mantinha em um estado constante de nervosismo.

Talita se sentou na cadeira ao lado da cama, observando a jovem adormecida. Eva estava encolhida sob o casaco de Gustavo, o tecido ainda impregnado com o cheiro dele. Havia algo reconfortante naquela peça de roupa, como se pudesse proteger Eva em meio ao medo e à incerteza. A mão da jovem repousava suavemente em sua barriga, como se tentasse se conectar com a vida que estava ali, lutando para florescer.

— Você vai ficar bem, meu amor — Talita murmurou, acariciando suavemente o cabelo de Eva. — Logo seu amor vai voltar, e seu melhor amigo também. Meus sobrinhos, Gustavo e Benjamim, precisam de vocês duas.

Enquanto Talita falava, lembrava-se do laço forte que existia entre os três. Gustavo sempre fora protetor em relação a Eva, e agora, mais do que nunca, ela precisava acreditar que ele e Benjamim estavam lutando por ela, pela família que estavam construindo juntos.

Os dias se arrastavam, mas Talita estava determinada a dar a Eva a força que precisava. Ela preparou algumas sopas nutritivas e fez questão de que Eva se alimentasse bem. Durante os momentos de lucidez, Eva compartilhava histórias de como conheceu Gustavo e os sonhos que tinham para o futuro.

— Você sabe, Talita, eu me lembro do primeiro dia em que nos encontramos. Ele me olhou de um jeito que fez meu coração disparar — Eva disse, um sorriso tímido aparecendo em seu rosto. — Eu nunca imaginei que estaríamos aqui, construindo uma família.

Talita sorriu, percebendo a felicidade que ainda habitava o coração de Eva, apesar das dificuldades.

— O amor é uma força poderosa, Eva. Ele vai trazer Gustavo e Benjamim de volta para você — Talita respondeu, seu coração aquecido pela esperança que estava se formando entre elas.

À noite, enquanto as estrelas brilhavam no céu, Talita sentou-se ao lado da cama de Eva, contando histórias sobre Gustavo e Benjamim, tentando manter o espírito da jovem elevado. Ela falava sobre a coragem dos irmãos, sobre como sempre foram unidos e determinados, prontos para enfrentar qualquer desafio que surgisse em seu caminho.

Quando Eva acordou com um sobressalto, ainda envolta em sonhos, viu Talita ao seu lado e sorriu, sua mão ainda posicionada em sua barriga.

— Como eu estou? — perguntou Eva, sua voz um pouco fraca, mas cheia de esperança.

— Você está se recuperando. E o bebê também. Eu sinto isso — Talita respondeu, com sinceridade.

Eva fechou os olhos por um momento, sentindo a conexão com a vida que crescia dentro dela.

— Eu preciso que eles voltem, Talita. Não apenas por mim, mas por nós — Eva disse, a determinação em sua voz firme.

Talita segurou a mão de Eva, transmitindo força através do toque.

— Eles vão voltar, Eva. E, quando isso acontecer, você verá que toda essa dor valerá a pena. Você é uma mãe forte e corajosa. Você e seu bebê têm um futuro brilhante pela frente — Talita assegurou, enquanto o silêncio da noite os envolvia.

Enquanto a madrugada avançava, Eva se deixou levar pelo sono novamente, a esperança começando a iluminar seu coração. Sabia que, independentemente do que acontecesse, o amor sempre encontraria uma maneira de prevalecer.

Jogos de Amor e Luxo!Onde histórias criam vida. Descubra agora