Capítulo 24

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Confronto na Piscina.

Clara caminhava em direção à mansão com um sorriso vitorioso no rosto. Desde que Eva havia saído do hospital, Clara se sentia como a grande vencedora, acreditando que havia conseguido abalar a relação dela com Gustavo e deixá-la emocionalmente fragilizada. Com sua postura arrogante e um ar de superioridade, Clara decidiu aparecer na mansão, pronta para provocar mais uma vez.

Eva estava no jardim, sentindo o vento frio do início da tarde, quando viu Clara se aproximando. A presença dela imediatamente fez seu corpo se enrijecer, mas Eva não pretendia se deixar intimidar. Pelo contrário, algo dentro dela fervia com a necessidade de enfrentar aquela mulher.

— O que você está fazendo aqui, Clara? — perguntou Eva, a voz tensa, mas firme.

— Vim ver como você está, querida. Espero que esteja melhor depois de tudo... — Clara respondeu, o tom carregado de sarcasmo e um sorriso malicioso nos lábios. — Sabe, a vida às vezes é cruel com quem merece, não é mesmo?

Eva sentiu o sangue subir. As palavras de Clara eram como facas, e ela sabia que a intenção era exatamente essa: feri-la ainda mais. Mas, naquele momento, algo em Eva mudou. Ela não estava mais disposta a ser o alvo das provocações de Clara.

— Você acha que me conhece, Clara? — Eva começou, a voz cada vez mais carregada de fúria. — Você acha que tem poder sobre mim? Que pode simplesmente aparecer aqui e jogar seus venenos?

Antes que Clara pudesse responder, Eva avançou, segurando-a pelos ombros e, em um movimento rápido, empurrou-a diretamente para a piscina. O som da água explodindo ao redor de Clara encheu o ar, e ela emergiu, molhada e completamente surpresa, a expressão de choque estampada em seu rosto.

— Sua... sua louca! — gritou Clara, tentando recuperar o fôlego e se debatendo na água. — Você perdeu a cabeça!

Eva a observava de cima, os olhos faiscando de raiva, mas agora com uma postura decidida. Clara tentava sair da piscina, mas Eva a interrompeu com um gesto de mão, sua voz fria e cheia de desprezo:

— Você não sabe de nada, Clara. E eu cansei de você, da sua inveja e das suas tentativas de me derrubar. Sabe o que você é? Uma vadia frustrada, incapaz de aceitar que nunca terá o que eu tenho, que nunca será desejada por Gustavo como eu sou!

Clara, ainda na água, a olhava com ódio, mas Eva continuava, aproximando-se da borda, o tom cada vez mais cortante:

— Eu não vou mais deixar você me humilhar! Acabou, Clara. Chega de ameaças, chega de tentar me destruir. E quer saber? Se você ousar me provocar de novo, eu juro que você vai se arrepender amargamente. Agora, pegue suas mentiras e seu veneno, e saia da minha casa, antes que eu perca a paciência de vez!

Clara, ainda tentando recompor-se, saiu da piscina, tremendo de raiva e de frio. Seu cabelo pingava e as roupas estavam grudadas em seu corpo, e qualquer traço de sua arrogância havia desaparecido. Ela olhou para Eva com ódio, mas não encontrou coragem para responder. Virou as costas e caminhou apressada em direção à saída, encharcada e humilhada.

Enquanto Clara se afastava, Benjamim a avistou e não pôde evitar um sorriso debochado ao vê-la ensopada.

— Resolveu tomar uma ducha por aqui, Clara? — comentou ele, com uma risada sarcástica.

Clara o encarou com uma expressão furiosa, mas não se deu ao trabalho de responder. Ela passou direto, os passos pesados, claramente irritada e humilhada, enquanto Benjamim apenas observava sua saída, ainda rindo da situação.

Quando Clara desapareceu de vista, Benjamim voltou para a área da piscina e encontrou Eva. Ela estava de pé, as mãos tremendo e os olhos vermelhos de lágrimas de raiva que ainda corriam por seu rosto. Ao se aproximar, ele percebeu que as mãos dela estavam machucadas, talvez por ter apertado as bordas da piscina ou pelo nervosismo que tomara conta dela.

— Eva, o que aconteceu? — perguntou ele, suavizando o tom ao ver o estado dela. — Você está sangrando.

Ela tentou disfarçar, limpando rapidamente as lágrimas, mas sua voz ainda estava trêmula e carregada de emoção.

— Não importa, Benjamim. Eu só... só cansei. Ela não vai mais pisar em mim.

Benjamim assentiu, com uma expressão séria. Ele não sabia ao certo o que havia acontecido entre Eva e Clara antes disso, mas via a dor profunda nos olhos da amiga e cunhada. Aproximou-se mais dela e, com cuidado, segurou suas mãos, observando os machucados.

— Vamos cuidar disso, Eva. Não precisa enfrentar isso sozinha.

Ela assentiu, ainda tentando controlar o turbilhão de sentimentos que a consumia, enquanto Benjamim a guiava de volta para a casa. Era um momento em que Eva finalmente começava a libertar-se das amarras de Clara, mas os ferimentos, tanto os visíveis quanto os emocionais, ainda precisavam de tempo para cicatrizar. E, pela primeira vez, ela percebeu que tinha aliados ao seu lado, dispostos a enfrentar as tempestades com ela.


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