Jogos de Amor e Luxo!

Capítulo 21

 Esperança na Tempestade.

A sirene da ambulância cortou o ar pesado da noite, ecoando na estrada deserta enquanto Gustavo e Benjamim se mantinham ao lado de Eva, os corações apertados pela incerteza. Quando os paramédicos chegaram, a cena se transformou em um turbilhão de ação. Eles foram rápidos e eficientes, trabalhando em sincronia para estabilizar Eva antes de transportá-la para o hospital.

Dentro da ambulância, Gustavo ficou angustiado ao ver os profissionais examinando Eva. As luzes piscantes refletiam a ansiedade em seu rosto. Ele segurou a mão dela, mantendo-se firme, sussurrando palavras de amor e encorajamento, mesmo que ela não pudesse ouvi-lo.

— Você vai ficar bem, meu amor. Eu estou aqui — prometeu, sua voz embargada. — Vamos passar por isso juntos.

Ao chegarem ao hospital, o clima se tornou ainda mais tenso. Benjamim aguardava ansiosamente do lado de fora da sala de emergência, enquanto Gustavo acompanhava os médicos que levavam Eva para a UTI. A sensação de impotência era avassaladora, e ele mal conseguia conter as lágrimas enquanto via a mulher que amava sendo empurrada para dentro.

Os dias que se seguiram foram uma tormenta de ansiedade e esperança. Eva foi colocada em coma induzido para preservar sua saúde enquanto os médicos tratavam os ferimentos e monitoravam a gravidez de risco. Gustavo passou horas ao lado da cama dela, seus olhos fixos em seu rosto pálido. Ele falava com ela, relembrando momentos felizes, compartilhando seus medos e esperanças.

— A nossa casa está pronta para você e o bebê, Eva. Eu sei que você vai voltar para nós — sussurrou, acariciando seu cabelo. — E assim que você acordar, vamos ter uma vida incrível pela frente.

Benjamim se revezava entre cuidar de Gustavo e permanecer ao lado da cama de Eva. Ele sentia a dor do irmão, mas também a preocupação com a amiga que estava lutando pela vida. A gravidade da situação pesava sobre seus ombros, e ele desejava poder fazer algo para aliviar a dor de ambos.

Depois de uma semana em coma, Gustavo mal conseguia imaginar a vida sem Eva. Cada dia que passava era uma eternidade, e ele se perguntava se conseguiria suportar mais tempo sem ela. Os médicos mantinham os familiares atualizados, mas as palavras "gravidez de risco" ecoavam em sua mente como um aviso sombrio.

— O que vai acontecer com o bebê se ela não acordar? — perguntou Gustavo a um dos médicos, a voz embargada de emoção.

O médico olhou para ele com um olhar grave, tentando oferecer esperança enquanto falava sobre a delicada situação. A verdade, no entanto, era que ninguém poderia prever o que aconteceria. Gustavo se sentia perdido, a fragilidade da vida se tornando cada vez mais evidente.

Finalmente, em uma manhã ensolarada, quando os primeiros raios de luz atravessaram as janelas da UTI, algo mudou. A equipe médica, ao entrar para fazer a ronda, percebeu uma leve reação de Eva. Gustavo, que estava encostado na parede, levantou a cabeça e ficou atento.

— Eva? — chamou, a voz tremendo. — Meu amor?

E, como se respondendo à sua chamada, Eva abriu os olhos lentamente, pisqueando contra a luz intensa. O mundo ao seu redor parecia girar, e, por um breve momento, ela ficou confusa. Gustavo não podia acreditar no que via.

— Eva! — gritou, correndo até sua cama, segurando sua mão com força. — Você está comigo!

Eva tentou falar, mas suas palavras saíram como um sussurro. As lágrimas escorriam pelo rosto de Gustavo, um misto de alívio e alegria tomando conta dele. Ela estava viva! E a partir daquele momento, a luta não seria mais apenas pela sobrevivência, mas também pela vida que eles estavam criando juntos.

— Você precisa descansar, mas estou aqui, e eu sempre estarei — prometeu, a voz embargada de emoção. Ele a observou com o coração cheio de esperança, determinado a enfrentar qualquer tempestade que pudesse surgir.

A jornada ainda seria longa, mas eles haviam dado o primeiro passo na direção certa. Eva estava de volta, e a vida que eles sonhavam juntos poderia, finalmente, ter uma chance.