Capítulo 12

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 Sobrevivência e Esperança.

O sol começava a se pôr, lançando sombras longas e dramáticas sobre a floresta ao redor dos irmãos Rossi. Gustavo e Benjamim se encontraram em meio aos destroços do avião, a adrenalina ainda correndo em suas veias enquanto tentavam entender a gravidade de sua situação. Ambos eram os únicos sobreviventes, e a realidade do acidente os atingiu como um golpe.

— Precisamos nos organizar — Gustavo disse, sua voz firme, apesar do cansaço que começava a se instalar. Ele olhou ao redor, avaliando a área. — Temos que encontrar um lugar seguro para passar a noite, coletar comida e água, e montar um abrigo.

Benjamim assentiu, sua expressão determinada. Apesar da dor e do medo, havia uma nova resolução nos olhos de seu irmão mais novo.

— Vamos procurar por roupas quentes e suprimentos — sugeriu Benjamim. — E não se esqueça dos primeiros socorros. Precisamos estar preparados para qualquer coisa.

Os irmãos começaram a explorar os arredores, revirando os destroços do avião. Com muito esforço, conseguiram encontrar algumas roupas que pertenciam a outros passageiros, bem como alimentos não perecíveis e garrafas de água que haviam sobrevivido à queda. Cada item era um pequeno triunfo em meio ao desespero.

Após algum tempo, encontraram um pequeno espaço aberto na floresta, onde poderiam montar um abrigo improvisado. Eles usaram galhos, folhas e qualquer material que encontraram para criar uma cobertura. Enquanto trabalhavam, Gustavo não conseguia deixar de pensar em Eva. O colar que ela lhe dera estava preso em seu pescoço, e ele apertou o pingente entre os dedos, um gesto que o fazia sentir sua presença, mesmo à distância.

— Eu prometo a você, Eva, vou cuidar de nós dois — murmurou ele, olhando para o céu avermelhado, como se esperasse que suas palavras chegassem até ela.

Benjamim, que estava juntando mais galhos, notou a expressão distante do irmão. Ele se aproximou, seu tom mais suave.

— Está pensando na Eva, não é? — Benjamim perguntou, tentando entender o que estava acontecendo na mente de Gustavo.

— Sim — Gustavo respondeu, a voz carregada de emoção. — Eu não consigo parar de pensar no que pode estar acontecendo com ela. E agora, com tudo isso, sinto que preciso proteger a nossa família.

Benjamim fez uma pausa, percebendo o peso que a situação trazia para Gustavo. Ele nunca havia visto o irmão tão vulnerável.

— Gustavo, não podemos deixar que o medo nos paralise. Vamos nos concentrar em sobreviver e encontrar um caminho de volta para ela — Benjamim disse, colocando uma mão no ombro do irmão. — Nós sempre fomos uma equipe, e isso não vai mudar agora.

A determinação de Benjamim ajudou Gustavo a recuperar um pouco de sua força. Eles trabalharam juntos para terminar o abrigo, suas mãos cansadas mas unidas em um objetivo comum. A noite se aproximava, e o frio começava a se instalar. Eles acenderam uma pequena fogueira com os restos que encontraram, e a luz suave proporcionou um pequeno conforto em meio à escuridão.

Enquanto se sentavam ao redor da fogueira, Gustavo olhou para Benjamim, seu coração cheio de gratidão.

— Obrigado por estar ao meu lado, irmão. Eu sei que tudo isso é complicado, mas preciso de você aqui.

Benjamim sorriu, a tensão entre eles finalmente se dissipando.

— Estamos juntos nessa, sempre. Vamos encontrar um jeito de voltar para casa, para Eva e para o nosso futuro — respondeu Benjamim, sentindo que havia finalmente se reconectado com Gustavo.

A noite caiu sobre a floresta, mas os irmãos Rossi estavam determinados a enfrentar o que quer que viesse pela frente. Com o amor de Gustavo por Eva em seu coração e o apoio de Benjamim ao seu lado, eles estavam prontos para lutar pela sobrevivência e pelo futuro que ainda podiam construir.


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