Alyssane atravessou os corredores do castelo como uma tempestade em movimento, seu coração pulsando com a força de um dragão. Os ecos de seus passos ressoavam nas paredes frias, um som decidido que reverberava na atmosfera tensa e carregada. A luz das tochas tremulava, lançando sombras dançantes que pareciam contorcer-se ao seu redor, mas nada poderia desviar sua mente do propósito que agora a consumia.
— Levem Alicent para a masmorra — ordenou, a voz firme e inabalável, como se o próprio destino estivesse em suas mãos. Os guardas a olharam com perplexidade, os rostos marcados pela surpresa. Nunca a haviam visto tão determinada, tão resoluta. Para eles, a rainha consorte era um símbolo de fragilidade, mas hoje ela emanava uma força que desafiava as convenções.
Sem hesitar, os homens a obedeceram, um misto de respeito e confusão em seus olhos. Alyssane continuou a caminhar, sua mente fervilhando com a gravidade de suas decisões. Cada passo a levava mais perto do fosso, onde os ecos da memória de sua infância e das histórias dos dragões ainda pareciam ressoar.
À medida que se aproximava, a imensidão do fosso se desdobrava à sua frente, um espaço vasto e silencioso, como se o próprio mundo estivesse segurando a respiração. As pedras frias sob seus pés pareciam sussurrar segredos antigos, e a brisa que passava carregava consigo o cheiro da terra e do lamento dos dragões. Alyssane fechou os olhos por um momento, permitindo que a força do lugar a envolvesse, a preparando para a tempestade que estava prestes a desatar. Ela sabia que estava a caminho de um confronto, mas também sentia a chama de sua determinação acesa, pronta para enfrentar qualquer coisa que o futuro lhe reservasse.
Alyssane montou em Aetherion, o magnífico dragão negro que se erguia majestoso sob ela, suas escamas brilhando sob a luz do sol que começava a se pôr. O longo pescoço do dragão se contorcia graciosamente, enquanto seus olhos, profundos como abismos, miravam o horizonte com uma inteligência feroz. O coração de Alyssane batia descompassado, não apenas pelo poder da besta sob ela, mas pela realidade sombria que se descortinava à sua frente.
Ela estava em minoria, uma figura isolada na batalha que se desenhava. De um lado, Aemond, seu marido, e ela; do outro, Rhaenyra, Daemon, Jacaerys, Baela e os novos montadores de Vermithor, Seasmoke e Silverwing.
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TEARS AND FIRE ─── Aemond Targaryen
أدب الهواةO que começou como uma inocente afeição entre os gêmeos Targaryen, Aemond e Alyssane, logo se transformou em um amor proibido. O que antes era um segredo sussurrado em corredores sombrios, tornou-se um pecado ardente. No futuro, não restariam mais q...