A filha do diretor - Simoraya

Vigiadas

- E-Esse foi o melhor C-castigo... - Fala super ofegante e ainda roca

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Simone~

Eu ainda estava um pouco ofegante, mas logo puxei Soraya para o meu colo e fiquei abraçada com a minha loira até dar o horário do jantar. Os minutos passavam lentamente enquanto nossos corpos se encaixavam, e o calor de sua pele se tornava cada vez mais familiar. Soraya sempre teve esse efeito em mim: ela fazia o tempo parecer desacelerar.

Ficamos nos agarrando por um bom tempo, mas logo fomos tomar banho e nos arrumar para ir à faculdade. Eu adorava os momentos que passávamos juntas, mas a realidade sempre nos chamava, e havia algo em Soraya que, mesmo nas tarefas mais simples, me deixava em paz. Após terminar de nos ajeitar, descemos para a sala e ficamos esperando, até que meu pai nos chamasse para irmos à faculdade.

- Te amo, Oncinha - falei, dando um beijo carinhoso no pescoço da minha loira. Ela sempre ficava vermelha com esses gestos em público, mas não conseguia esconder o sorriso satisfeito que surgia logo em seguida.

- Não se esqueça do castigo... - Ela falou em tom suave, quase como uma advertência, mas o brilho nos seus olhos me dizia que ela estava apenas brincando. Sua voz, sempre doce, tornava tudo mais intenso.

Eu coloquei a cabeça no ombro dela enquanto brincava com a saia preta que ela estava usando. Soraya estava absolutamente deslumbrante: uma blusa social branca, uma saia preta, um blazer da mesma cor, um colar simples, porém belíssimo, e uma argola dourada média que complementava seu look. Soraya sempre se vestia com uma elegância natural, como se cada peça fosse escolhida especialmente para refletir sua personalidade.

Puxei a minha Oncinha para o meu colo, fazendo-a sentar de frente para mim. A visão de seu corpo escultural e bem cuidado me fazia perder a noção do tempo. Não pude evitar o sorriso de canto que escapou dos meus lábios antes que eu a beijasse, em um movimento rápido, mas cheio de desejo.

Apertei a cintura de Soraya, fazendo-a inclinar-se para trás levemente e levantar a cabeça, prendendo o gemido manhoso que quase escapou de seus lábios. A intensidade do nosso beijo era algo que sempre nos unia de uma forma incontrolável. Mas logo, ouvi o celular de Soraya vibrar sobre a mesa de vidro, que ficava bem à nossa frente. Ela saiu do meu colo e foi pegar o aparelho.

Eu suspirei, frustrada com o ato, mas o sorriso de Soraya me fez esquecer a sensação de cansaço. Ela me olhou com os olhos brilhando e deu um sorriso maroto, pegando o celular e indo sentar no sofá. Por alguns segundos, senti uma pontada de ansiedade no peito, lembrando-me das ameaças que ainda pairavam sobre nós. Mas logo, ao ver o sorriso no rosto de Soraya, o aperto em meu coração foi se dissipando. Não importava o que acontecesse, eu a protegeria.

- Err... Vida, amanhã eu... E-eu preciso te levar a um lugar - Soraya falou em tom ansioso, com aquele sorriso irresistível. Ela parecia um pouco nervosa, o que era raro para ela.

- Como você quiser! A senhorita é quem manda, minha Oncinha - falei, sorrindo, e logo ouvi os passos de meu pai descendo as escadas.

- Já estão prontas? - perguntou meu pai, nos olhando da porta da sala.

Soraya levantou-se e fez menção de pegar sua mochila, mas eu a parei, pegando tanto a dela quanto a minha. Meu pai passou pela porta com um sorriso perceptível, mas logo minha mãe apareceu na cozinha e nos lançou um olhar curioso.

- Vocês vão sem falar comigo? - perguntou minha mãe, com um tom sério, fazendo meu pai voltar até ela.

- Desculpa, amor, não foi a minha intenção - falou meu pai, com a voz trêmula. Eu sabia que, em momentos como aquele, ele ficava inseguro quando minha mãe o repreendia.