Perseguição

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Simone~

As aulas já haviam terminado, e o que restava era esperar meu pai terminar a reunião na diretoria. Como ele era o dono e diretor da faculdade, sempre tinha um monte de pendências e documentos para revisar antes de poder ir embora. Ficar ali, naquele ambiente vazio, com a sensação de que estávamos sendo observadas, só aumentava a ansiedade.

Soraya e eu ficamos ali, trocando olhares e tentando processar tudo o que havia acontecido. A sensação de estarmos sendo vigiadas estava cada vez mais forte. Eu podia sentir, com cada fibra do meu corpo, que alguém estava nos observando, mas não conseguia localizar de onde vinha.

Por fim, meu pai saiu de sua sala, e nós nos levantamos para ir até o estacionamento. Ele nos cumprimentou com um sorriso cansado, e logo nos conduziu até o carro. O alívio de finalmente irmos embora estava prestes a me alcançar, mas ainda não conseguia deixar de sentir uma inquietação no ar.

Quando entramos no carro e começamos a dirigir para casa, a sensação de que estávamos sendo seguidas aumentou. Olhei pelo retrovisor e percebi que o carro atrás de nós estava bem mais próximo do que deveria estar.

— Você está vendo isso? — perguntei, tentando manter a calma, mas a tensão em minha voz era evidente. Olhei para Soraya, e ela estava claramente inquieta.

Ela olhou rapidamente para o retrovisor e confirmou o que eu temia.

— Sim… ele está atrás de nós. Não é coincidência. — Ela falou baixo, quase como se temesse que a pessoa no carro pudesse nos ouvir.

Eu sabia que não era paranoia. Algo estava acontecendo, e estávamos sendo seguidas. Olhei para meu pai, que estava dirigindo tranquilamente, alheio à situação.

— Pai, você viu aquele carro atrás da gente? — perguntei, tentando parecer casual, mas meu tom estava carregado de preocupação.

Ele olhou pelo retrovisor e, após alguns segundos, deu de ombros.

— Não vejo nada de estranho, meninas. Provavelmente é alguém indo na mesma direção. — Ele respondeu, mas não consegui acreditar nas suas palavras. A tensão que eu sentia era real demais para ser ignorada.

Eu olhei para Soraya, que estava com o olhar fixo na estrada, mas sua expressão mostrava que ela também estava ciente de que algo estava errado.

— Simone, aquele carro não está indo na mesma direção. Ele está nos seguindo. — Soraya disse, agora com um tom grave.

A cada curva que fazíamos, o carro continuava lá, sempre atrás de nós. O que queriam? Por que estavam nos seguindo? O medo apertava o peito, e a necessidade de entender o que estava acontecendo aumentava.

O carro continuava a nos seguir, e o que já era desconfortável estava se tornando aterrorizante. Eu e Soraya trocamos olhares preocupados, e a sensação de estarmos em perigo se intensificava a cada segundo.

A cada momento, o carro atrás de nós parecia se aproximar mais. Eu sabia que não era uma coincidência.

O que queriam? E por que estavam nos perseguindo agora? A tensão no ar estava insuportável, e a sensação de que estávamos sendo caçadas se tornava mais real.

A filha do diretor - Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora