Os anos se passaram e me tornei uma mulher forte. Taehyung passou a me ignorar se mantendo o mais longe possível da sua casa, obcecado em saber quem matou seus pais e sua amada noiva. Com esse sentimento, ele dizimou famílias inteiras na Sérvia, por encontrar provas de traição, causando medo a todos e seu nome se tornou sinal de
terror.Nos primeiros anos, o vi muitas vezes me olhar com desejo e em alguns momentos perder o controle sobre suas ações, tanto que acabamos em uma cama, mas quando percebia o que estava prestes a acontecer saía, deixando-me frustrada.
Passei a ser uma mulher respeitada dentro da sua máfia e quem me desafiava, ele matava. Assim, após quatorze anos ao seu lado, finalmente entendi que nunca serei mais do que a mulher que cuida da sua casa e dos negócios do seu amigo.
Durante esse tempo, eu me envolvi com alguns homens que sumiam sem deixar rastro, até que comecei a notar que Taehyung matava todos que de alguma forma se envolviam comigo. Para Taehyung, ou eles não eram bons suficientes, ou inventava uma desculpa esfarrapada para justificar o
injustificável.A verdade é que ele me tornou prisioneira em uma gaiola de ouro e mesmo que eu me achasse a mulher mais decidida do mundo, sabia que Kim Taehyung Mitrovi'c minava a
cada dia a minha chance de ter uma família, tanto que cheguei aos trinta e dois anos virgem, mesmo já tendo experimentado algumas coisas, e sem um amor de verdade
para chamar de meu.Lembro de algumas horas atrás e as lágrimas rolam por minha face.
"Estava deitada no sofá da mansão, olhando ao redor. A sala rústica e de cores claras me traz aconchego. O sofa branco e confortável me embala e sinto um sono gostoso me atingir, tanto que logo estou dormindo.
Mas ouço um praguejar e me ergo, sentindo seu cheiro amadeirado me invadir e ele surgir na porta. Fico quieta e espero que ele não me veja aqui.- Sei que está aí, pequena traiçoeira - fala e me sento.
"Taehyung adora me irritar."
- Gostaria de não ser chamada assim.
Ele ajusta o olhar em minha direção, em seguida seus olhos recaem em minha barriga à mostra e na curva da minha cintura.
Estou usando um conjunto de top e shorts, pois vim da academia e acabei me deitando aqui.
- Quantas vezes, Jennie, disse para não andar assim, porra! - explode.
- Muitas, mas não irei ouvir nenhuma delas, afinal não é meu dono. - Decido me retirar, pois estou cansada das nossas intermináveis discussões.
Mas assim que passo por ele, sinto sua mão se fechar em meu pulso e me puxar para o seu peito.
- Você fode minha vida e meu juízo.
Cola seus lábios nos meus, o que me faz sentir seu gosto mentolado e seu hálito quente em mim. Eu me entrego ao seu beijo gemendo, como sempre acontece quando me toma em seus braços.