Taehyung

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Passamos pelos portões dos Orlov e um frio se apodera do meu peito

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Passamos pelos portões dos Orlov e um frio se apodera do meu peito. Não temo a morte, mas sei que se Millian me quiser morto não terei como revidar, afinal estou invadindo seu território.

Assim que as SUVs param em frente à casa, viro-me para trás, olhando para Filip que está sério.

— Escutem com atenção, não importa o que
Maksimillian faça, ninguém aqui irá revidar, pois somos nós que estamos invadindo.

Eles me olham, calados, absorvendo minhas palavras.

— A missão é suicida, Taehyung — Stefan fala.

— Veio se matar? Era isso? — Filip fala.

Olho para eles, mas se não viesse aqui e não
tentasse, ela nunca iria confiar em mim e Millian jamais me deixaria ficar com ela.
No fim, eu entendo sua atitude, pois se estivesse no lugar dele, eu teria matado a mim mesmo quatorze anos atrás, já que desonrei sua filha, sua casa e nossa aliança.

— Quero a palavra de vocês. Só revidem se for para defender a vida de vocês, fui claro?

— Sim — os dois respondem juntos e assinto olhando sério para os dois.

Desço do carro e Millian está parado na porta de casa, ao seu lado está Viktor, Dmitry, Sergey, Timer, Boris, Mikhail, Ivo e meus olhos param em Vladimir que está com
a postura rígida, mas seus olhos verdes ao pousarem nos meus ficam brilhantes.

— Maksimillian. — Sinto meus homens atrás de mim, então olho para meu melhor amigo que tem o semblante sério e seus olhos têm um brilho apagado.

— Taehyung, eu avisei. Não me force a isso. — Seu tom é baixo e sinto a nota de tristeza.

— Eu não tenho escolha.

— Eu lhe dei uma. — Sua voz tem um tom de ódio.

— Inferno! — A voz estrondosa de Vladimir se faz presente. — Querem se matar? Se matem, mas não vou escolher um lado. — Ele levanta as mãos olhando de Millian para mim, na nossa frente. — Eu não posso escolher um de
vocês. Demônio, maldito e teimoso, tinha que vir aqui, porra! — fala saindo, não sem antes olhar para mim.

Sei que é meu fim, pois uma lágrima cai dos seus olhos.

— Psicopata dos infernos! — Olho na direção que ele segue, mas quando me viro para frente, Millian está com sua Glock apontada para mim.

Sei que ele não vai ceder, afinal reconheço que estamos aqui, neste dilema, por causa da minha teimosia e talvez eu nunca possa dizer a ela o quanto a amo, o quanto aquela pequena traiçoeira se infiltrou em minha vida.

A verdade é que hoje consigo perceber que o que sinto por ela, o que me neguei a ver por anos, é diferente de qualquer sentimento que já senti na vida.

— Protejam-na com suas vidas e haja o que houver, só atirem se atirarem em vocês sussurro para meus homens.

— Sai, Taehyung, agora! — Millian diz e lágrimas brilham em seus olhos azuis.

— Não posso, amigo, me desculpa — Dou um passo à frente e o estampido se ouve.

— NÃOOO.

Ouço sua voz e meus joelhos se dobram, enquanto tento ver de onde vem o som, mas não a vejo. Em seguida, olho para frente e Millian está de joelhos, berrando e tento
sorrir.

Eu o perdoo, eu o entendo, afinal sabia que tinha assinado minha sentença de morte ao entrar aqui, mas não poderia deixar de tentar. Sinto o gosto de sangue na boca.

— Demônio.

Ouço o rugido de Vladimir e olho para ele que corre em minha direção, quando mãos delicadas me tocam.

— TRAIÇOEIRA, VOCÊ ROUBOU MEU CORAÇÃO. EU TE AMO, JENNIE.

— NÃO PODE IR, NÃO PODE NOS DEIXAR! NÃO PODE, TAEHYUNG.

Sinto a dor e o frio me consumirem, enquanto tento memorizar cada traço seu.
Eu a amarei até depois da vida, agora sei disso, pena que foi tarde demais.

Tento me manter de olhos abertos, olhando em seus olhos, então tento levar a mão ao seu rosto, mas não consigo e tudo escurece ao meu redor, enquanto o silêncio me toma.

Ela é o meu pecado! TAENNIEOnde histórias criam vida. Descubra agora