Ela é o meu pecado! TAENNIE

Taehyung

Vejo no total dezenove pessoas. Vladimir e Boris descem primeiro e me encaram, cumprimentando-me coum acenar de cabeça.

— Romano, o que faz aqui?

O Don da Cosa Nostra está sério.

— Sabe o que vim buscar, Taehyung. Você está com algo que me pertence — fala com ódio.

— Até onde sei, Don, ela não é mais sua — Jennie fala e reconheço seu tom de voz mordaz.

Sei que ela está esperando um motivo para foder tudo, afinal é uma predadora e a caça a torna feroz.

— Ela é minha — ele fala caminhando em minha direção.

— Ousa me ameaçar em meu território, italiano? — Eu me aproximo mais, tocando seu nariz com o meu, enquanto o encaro.

— Não ameaço, Taehyung, e você sabe disso. — Ele olha para Jennie e sinto meu sangue ferver.

Sei que ele acabou de ameaçar a minha mulher, então o ódio em mim, extravasa e avanço. Porém, ele é mais rápido e desvia, em seguida, invisto acertando minhas costelas nas suas e uma luta começa,
onde socos e chutes são dados. A adrenalina me domina, mas Ângelo é forte e tão grande quanto eu, me derrubando enquanto sinto seu punho acertar meu rosto.

Rosno alto, pego seu pescoço e bato no chão, então ouço o estampido de um tiro.

— Chega, já se divertiram! — Vladimir com um solavanco tira o italiano de cima de mim. — Taehyung, a mulher é dele e você está parecendo aquelas pessoas intrometidas que fica dando opinião no casamento alheio.
Se eu fosse você, Demônio, ia finalmente foder aquela ali.

— Aponta para Jennie de forma pejorativa para ver minha reação.

Jennie estreita os olhos para ele.

— Psicopata dos infernos, cala a boca.

Vladimir ri e olha em meus olhos em seguida para ela.

— Ora, ora... Não me diga que saiu do celibato? — Gargalha.

Ele sabe que se saí não foi com ela, mas gosta de provocar para ver se tomarei a decisão de ficar com Jennie.

— Já chega, vim buscar a Sarah e não quero que ninguém aqui se meta — Romano fala.

— Pode ir até onde ela está, Romano, mas só sairá do meu território se ela quiser, caso contrário, estará morto antes de entrar no avião, tem minha palavra. — Vejo seu sorriso de escárnio.

— Ela vai — diz e se vira para seus homens. —Vamos.

— Os carros? — Vladimir pergunta.

— Levem com vocês meus soldados, cumpra minhas regras e não teremos problemas.

— Ai, ai, amigos juntos... Gosto deste clima de
cumplicidade — Giovanni diz e todos riem.

Mas não estou com ânimo para isso, por isso ignoro a todos, que  saem.

Inferno!

Dei asilo a Sarah Romano como pagamento de uma dívida à Maksimillian e a porra do Psicopata fode tudo trazendo o Don da Cosa Nostra para dentro do meu território.

Neste momento, Jennie está ao meu lado com a cara amarrada. Além dessa porra toda, tenho que lidar com uma mulher que não sabe ouvir a porra de um não. Fiz um acordo de protegê-la e não de ficar com ela.

Porém, sua rebeldia e jeito dominador está me levando ao limite, exemplo disso foi de onde a tirei.

Jennie está acabando com cada traço mínimo de paciência que tenho, tanto que quebrei meu juramento e com isso fui para cama com uma mulher qualquer, que nem lembro a porra do nome.

— Não vai poder ficar a vida toda sem falar comigo, Jennie. — Eu a encaro.

Seus olhos azuis se estreitam e abre um sorriso raivoso.

— Acredite, Taehyung, eu quero, eu posso e eu vou. — Anda na minha frente.

Observo os saltos muito altos e finos que nunca a abandona, a calça preta colada ao corpo, marcando sua bunda redonda e empinada, além da jaqueta de couro na
mesma cor.

Antes que ela chegue na porta do carro a seguro pelo braço, puxando-a para mim.

— Caralho! Não vira a porra das costas para mim — rosno e sei que estou machucando-a por sua cara de dor.

Seu peito sobe e desce, enquanto seus lábios em formato de coração com o maldito batom vermelho me fazem olhar para eles.

— Vai se foder, seu maldito sérvio covarde!

Perco a sanidade ao ouvir suas palavras e com a mão livre a seguro pelo pescoço, vendo que arregala os olhos e sufoca. Seria tão fácil matá-la agora e essa porra acabaria...

— Maldita, cala a boca! Ainda vai me fazer matar você, Jennie. — Aperto mais seu pescoço e ela tenta desesperadamente se soltar.

— Solta a Jennie, Taehyung. Porra, vai matar a garota! — Stefan tenta me tirar, mas não a solto.

Sinto Filip pôr sua mão por cima da minha, então desvio os olhos e a solto em um solavanco. Seu corpo bate na porta do carro e antes que caia meu conselheiro a segura, levantando-a.

— COVARDE! É ISSO QUE VOCÊ É, TAEHYUNG! UM HOMEM AMARGURADO E ABANDONADO POR UMA MULHER MENTIROSA E CÍNICA.

Perco o controle de vez, passo pelos meus homens e levanto a mão, mas quando vou bater nela, uma lágrimA solitária cai do seu rosto.

— Bate! Vai lá, bate em mim... Eu te amei, Taehyung, e só ganhei rejeição.

Suas palavras me paralisam.

— Tirem-na da minha frente. — Eu me viro e vou até o carro.

Se minha mão tivesse acertado seu rosto, talvez a tivesse marcado para sempre e jamais teria volta.

Jennie desperta tudo de pior em mim, é a tempestade que acaba com a calmaria.
Seus traumas a fazem não temer a morte e me desafia há mais tempo do que posso suportar.