A Descoberta Parte 1

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Dois dias se passaram desde que eu estava na casa de Amber. Nada de novo aconteceu. Eu ainda estava decidindo o que faria, mas não podia mais continuar ali, atrapalhando a privacidade deles. Precisava resolver minha situação, encontrar um rumo, mas o medo e a dúvida me prendiam.

Em circunstâncias normais, eu simplesmente fugiria. Seria fácil. Porém, eu estava cansada de fugir. Queria enfrentar isso. Queria que ele pagasse, que ele parasse de me perseguir e, finalmente, me deixasse em paz.

Minha cabeça doía com a ideia de que, se fosse mesmo Derick o stalker, eu teria me entregado para ele de todas as formas. Eu teria exposto o meu lado mais vulnerável, me permitindo cair em uma armadilha que ele mesmo criou.

Dormido ao lado de alguém que talvez tivesse as mãos manchadas de sangue. Eu teria me apaixonado por um possível assassino.

Fechei os olhos, tentando afastar os pensamentos.

Levantei da cama e, com um impulso de decisão, peguei meu celular, localizando Luka na lista de contatos. Pressionei o número e esperei ele atender.

- E aí, gatinha.

- Luka, se prepare. Vamos pegar ele.

- O quê?

- Vamos até o endereço que estava no celular da Hanna.

Ele fez uma pausa antes de responder, talvez surpreso com a minha determinação.

- Tem certeza, Annia? Talvez devêssemos falar com a polícia primeiro.

- Vamos de uma vez - insisti.

- Tá bom, calma aí. Estou resolvendo uma coisa, espera que eu passo aí pra te buscar. Não vá sem mim.

- Certo. - Desliguei o telefone.

Trinta minutos e Luka não apareceu, liguei para ele novamente e ele disse que estava finalizando o que estava fazendo, mas eu decidi que não ia mais esperar. Desliguei a ligação e uma onda de ansiedade me tomou.

Provavelmente, não estava pensando direito, mas a pressa e o impulso de resolver isso me moviam. Vesti minha blusa de frio, fui até a cozinha e peguei uma faca de corte.
Amber e Hyuna ainda estavam no quarto, e, em um impulso, decidi pegar também a chave do carro de Hyuna.

Era uma loucura? Provavelmente, sim. Mas e se eu conseguisse pôr um fim nisso? Já estava cansada demais, exausta dessa perseguição, e não queria esperar para ver qual seria o próximo passo dele.

Com a faca escondida dentro da jaqueta e as chaves do carro em mãos, saí silenciosamente, fechando a porta atrás de mim sem fazer barulho.

O coração disparava, mas minha mente estava focada. Eu sabia que Luka não ia gostar nada de eu ter vindo sozinha, mas uma parte de mim acreditava que talvez fosse melhor assim. Menos pessoas para se machucar.

Entrei no carro e liguei o motor. Olhei para o GPS e digitei o endereço que estava nas mensagens no celular de Hanna. Ao ver a rota traçada, meu estômago revirou, uma rota distante no meio da floresta.

As ruas estavam quase desertas, com apenas alguns poucos carros passando, provavelmente de pessoas voltando para casa depois de uma noite de festa ou trabalho.

Quando o GPS anunciou que eu estava a poucos minutos do destino, uma sensação de alerta me percorreu. Parecia que algo ruim estava prestes a acontecer, mas eu tinha chegado longe demais para recuar.

De repente meu celular vibrou, uma mensagem dele.

"Bom dia, não nos falamos muito nos últimos dias, Como você está? e Lia? está bem?"

A verdadeira obsessão. 🥀Onde histórias criam vida. Descubra agora