Capítulo 12

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Dulce Maria

Minha mãe ficou chocada com a reação de Anahí, afinal, não imaginamos que a repulsa da moça por criança era tão grande.

Os meninos ficaram bem mais calmos, conforme o dia foi passando e Den estava mais sorridente que triste. A superproteção vinda daqueles homens com aquele bebê era linda de se ver.

Dava para sentir o amor que tinham pelo pequeno, e eu senti um pouco de alívio, de saber que meu bebê seria amado daquele jeito por eles. Den ganharia um amigo e não se sentiria mais tão sozinho. Talvez, minha mãe tivesse razão sobre o destino e o quanto ele, às vezes, nos dava o que precisávamos!

Senhor Domenico entrou igual um furacão na sala, bem no momento que eu terminava de servir um suco que minha mãe tinha mandado pros meninos.

Vim contra minha vontade, mas minha mãe estava trabalhando muito desde que eles chegaram na casa e me sentia na obrigação de ajudar. Mesmo que o médico a tivesse liberado de fazer as coisas, eu tinha receio de ela sentir dor pelo excesso de afazeres.

— Rapazes, acabei de receber uma ligação, a teimosa da Alexandra não quis esperar liberarem o voo e decidiu vir de carro, acontece que a pista também estava muito perigosa e ela acabou se acidentando! — Christopher levantou alarmado e senhor Domenico continuou — Ela está bem, apenas quebrou o fêmur e já foi operada. Eu vou para o hospital local, e como ela está mais perto de Nova York a levarei para se recuperar em casa.

O senhor suspirou.

— Vô, a viagem vai ser cansativa...

— Eu sei, mas ela é minha filha e não vou ficar aqui tranquilo sem colocar os olhos naquela encrenqueira. Além do mais, vocês estão bem atarefados com a chegada do evento. Se concentrem nisso!

— Promete que me manterá informado? — Christopher foi até o avô e colocou a mão no ombro do senhor.

— Sim, eu prometo! — Dom esfregou o bigode. — Dulce, se despeça de sua mãe por mim, eu já estou de saída para pegar um voo de jatinho particular.

Consenti, e respirei fundo para me acalmar. Quanto tempo para a Alexandra se recuperar e vir nos salvar?

Aquilo só piorava!

[...]

Hoje tinha três dias que o senhor Dom foi ver Alexandra no hospital, e as notícias eram boas, para eles... Para mim, no entanto, nem um pouco.

Ela precisará de quatro a seis meses para se recuperar totalmente, mas em ligação, Alexandra garantiu que arrumaria uma forma de nos tirar dali e que muito antes do prazo que o médico deu de cura ela estaria em Malibu ou nos tiraria daqui.

Seu plano era que nós falássemos que conseguimos um emprego melhor, e por mim, eu já teria ido, mas minha mãe disse que não sairia dali sem alguma segurança maior. No entanto, eu suspeitava que dona Blanca tinha se apegado ao Den e estava tendo dificuldade em partir.

Cheguei à cozinha e minha mãe estava com o Den no colo dando comida a ele.

Notei a presença dos rapazes, Christopher estava rindo de alguma coisa que mamãe disse, escorado na pia, tomando um copo d'água.

Não resisti em dar uma boa olhada em sua pose relaxada. Seu olhar recaiu sobre mim, e eu notei que assim como eu, ele me avaliava.

Desviei os olhos quando o vi sorrir. Aquele sorriso era um pecado. Deveria ser crime ser tão lindo.

— Filha — dei um pequeno pulinho e depois encarei minha mãe. — Os rapazes nos chamaram para o festival de inauguração da empresa do Christopher, não é legal? — Encarei minha mãe com a testa franzida.

A VERDADE OCULTA DO MILIONÁRIOOnde histórias criam vida. Descubra agora