Dulce Maria
Eu não fazia ideia de como agir diante daquela situação... Ter Christopher tão perto estava mexendo comigo de uma forma estranha e eu não me sentia confortável com aquilo.
Arrumei a mesa e ao invés de já ir comendo, o esperei sair do banho.
Ele saiu de lá apenas com a camisa e sem a jaqueta que usava mais cedo e a calça jeans. Christopher encarou a mesa e depois meu rosto.
— Não precisava ter me esperado. — dei de ombros.
— Eu não gosto muito de comer sozinha. — Ele sorriu.
— Descobri mais uma curiosidade da misteriosa Dulce! — Cocei a nuca e enfiei os dedos nos cabelos úmidos.
— Não espalhe por aí que está sabendo tantas coisas sobre mim! — Ele riu e concordou.
— Quem disse que quero dividir seus mistérios com mais alguém? — Meu rosto ficou muito quente com a força daquelas palavras. — Mas me diz, como está se sentindo? Confesso que estou um pouco apreensivo por estarmos longe de um hospital e sem carro.
Meu coração idiota deu um salto no peito ao ouvir aquilo. Christopher se preocupava comigo? Aquilo era bom, não era?
— Estamos bem, a verdade é que a bebê é muito boazinha. Não me dá trabalho e tirando o enjoo matinal que diminuiu muito, não sinto quase nada. Acho que o maior susto que tomei foi culpa minha, não deveria ter subido na escada. — Falei tão rápido que Christopher riu.
— Nossa, descobri algo que gosta de falar, é sobre a bebê... — Engoli em seco, não tinha percebido aquilo, mas era verdade, falar sobre a bebê me deixava feliz e confortável. — Já pensou num nome para ela?
— Não consegui pensar em nenhum nome especial para chamá-la ainda, pelo menos até ela nascer... — Falei demais de novo, apertei a boca com força para me impedir de falar. Christopher não pareceu perceber.
— Como ela é?
— O que quer dizer?
— Ela é mais calma ou mexe muito? — ele levou um pedaço de bolo à boca.
— Na verdade, ela só mexeu com vontade mesmo uma vez... Foi no dia que chegou, fora isso ela é muito quieta. Já fui até a uma consulta fora de época para saber se era normal. E Virgínia me garantiu que ela estava ótima!
— Então, ela só mexeu para mim, praticamente? — Notei um "quê" de orgulho na voz do Christopher, acabei assentindo.
— Foi essa a impressão que tive. Ela meio que reage a sua voz, mas são poucos movimentos. Exceto quando me toca. Então ela mexe com mais força. Mas nada muito significativo também.
— Interessante. O que acha de fazer o teste? — Levantei a sobrancelha.
— Como assim?
— Me deixando tocar sua barriga? — pediu permissão e eu fiquei sem saber o que dizer para negar aquele contato.
— Ham... — Pisquei desnorteada. Aquilo soava tão íntimo, era o tipo de contato que eu nunca tinha recebido de um homem. Se bem que era um toque inocente. Certo? — Vamos comer e então tentamos.
O pedaço que Christopher enfiou na boca era bem maior que os outros e eu não resisti à risada que me escapou, achando engraçado a forma que ele reagiu à minha permissão.
— Se importa de eu dizer os nomes que gosto? De repente te dá ideias? — Neguei, não me importando de verdade com aquela ajuda. — Cresci no meio de pessoas que acham que o nome de uma pessoa diz muito sobre ela. O meu significa Cristo ou Ungido. O nome parece esnobe, mas é bom ter um nome com essa força. Me tornou forte.
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A VERDADE OCULTA DO MILIONÁRIO
Fanfiction(+18) FANFIC VONDY Dulce viu sua vida virar de cabeça para baixo em um instante. Sempre protegida de forma intensa por sua mãe, agora ela se vê sozinha, incapaz de ajudar sua maior defensora, recentemente diagnosticada com câncer de mama. Em busca d...