Capítulo 49

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Dulce Maria

6 meses depois...

Brinquei com a barriguinha gostosa da Liz que gargalhava sempre que eu ameaçava mordê-la de novo no local.

Eu ria junto, pois era impossível resistir aquela gostosura toda. A peguei no colo e a ergui acima da cabeça. Meu Deus, como eu amava a alegria da minha filha.

Sempre me via com aquele pensamento de que eu sempre daria qualquer coisa para vê-la bem e feliz. Os últimos meses foram os mais felizes e realizadores da minha vida.

E eu tinha total consciência do quanto ainda era jovem e tinha muita coisa para viver. E eu sabia também que queria viver cada nova experiência com meu marido incrível e aquela criança encantadora e perfeita que era minha filha.

— Dulce, vai se amarrotar toda! — Minha mãe pegou minha filha do meu colo e eu ri.

— Não resisti à alegria dela — Limpei sua boquinha rosada com a fraldinha de pano e ela esticou as mãozinhas para mim. Beijei os dedinhos gordinhos. — Agora mamãe vai prestigiar o papai, meu amor. Mas eu prometo que quando voltarmos iremos enchê-la de carinho. — Conversei com ela que me encarou com os olhinhos atentos.

— Sua mamãe tinha que aproveitar mais um tempo com o seu pai e deixá-la com a vovó. — Minha mãe disse e Liz a olhou batendo as mãozinhas no rosto dela rindo, como se concordasse.

Eu amava a forma que Liz amava minha mãe e vice-versa.

Elas tinham uma ligação linda e eu sentia uma enorme gratidão por a minha ligação com minha mãe, ser igual com minha filha.

— Vai despreocupada, filha, vamos brincar muito no banho e logo a faço dormir. Demorem o quanto quiserem. Christopher deve estar ansioso com sua demora.

Fiz um biquinho. Não era como se eu não confiasse na minha mãe, mas eu nunca fiquei muito tempo longe da minha filha.

— Eu sei muito bem o que está pensando. Mas vocês precisam desse tempo. Aproveitem o ambiente diferente, caminhem pela praia. Façam algo romântico.

— Vamos tentar, mas sabe que Christopher é pior que eu quando se trata dela! — Beijei a cabeça e a marca do meu batom vermelho grudou em seus cabelos clarinhos com leves ondinhas. Limpei o quanto pude.

— Tentem de verdade. E pare com isso, vou lavar no banho. — Ela deu uma batidinha na minha mão.

— Não gosto que molhe a cabeça dela de noite, mãe. — Blanca revirou os olhos.

— Meu Deus, Dulce, você é pior que eu, menina. — Ela deu um tapinha em minha bunda e me empurrou para fora do quarto.

— Espera, só mais um beijo. — Desta vez dei um no rosto e Liz gargalhou e tentou me alcançar, mas minha mãe a girou no colo e me empurrou para fora do quarto de hotel e bateu a porta em minha cara. Gemi nervosa e mexi as mãos.

Além de não querer deixar Liz, eu também estava sofrendo com a ansiedade de ser mais uma vez apresentada a sociedade como a esposa de Christopher Uckermann o jovem CEO do setor imobiliário que vinha fazendo o nome da empresa crescer e prosperar em pouquíssimos meses, expandindo o negócio pela Califórnia, fechando negócios com pessoas que acreditavam que ele iria muito longe, e que foi visto por empresários do ramo no Brasil.

Viemos parar em Fernando de Noronha, e a festa de hoje era importante, pois era a inauguração de um hotel de luxo que levava uma das ideias de Christopher como destaque na administração. 

E eu? Bom, eu não entendia muito bem o que eles falavam apesar de ter estudado um pouco a língua. E estava com medo de fazer meu marido incrível passar vergonha.

A VERDADE OCULTA DO MILIONÁRIOOnde histórias criam vida. Descubra agora