JANTAR DE NEGÓCIO

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Na manhã seguinte, acordo com o som do despertador. Desligo rapidamente para não acordar Miguel, que ainda dorme profundamente ao meu lado. Tomo um momento para observá-lo, sentindo uma onda de carinho invadir meu peito. Ele é minha prioridade, meu pequeno mundo. Levanto-me com cuidado, para não despertá-lo, e vou direto para o banheiro. Depois de me arrumar, volto ao quarto e vejo que Miguel ainda está dormindo. Dou um beijo suave em sua testa antes de sair do quarto e preparo seu e o meu café da manhã. Vou até o quarto para acordá-lo. Após ser despertado, ele vai direto para a cozinha para tomar seu café.

Depois de organizar tudo, pergunto à dona Cecília se ela poderia cuidar do Miguel agora e também à noite. Ela diz que tudo bem, que pode ficar com o Miguel. Agradeço, me despeço deles e vou para a empresa. Ao chegar, vou direto para o meu andar. Assim que saio do elevador, começo a organizar tudo na minha mesa.

O dia vai passando normalmente, mas percebo que, à medida que a hora do jantar se aproxima, minha ansiedade vai aumentando. Não sei por que estou tão ansiosa assim. Pego o relatório que já está pronto para entregar ao Luca. Levanto-me e caminho até a sala dele. Bato na porta e ouço ele me dizer para entrar. Entro na sala de Luca e o encontro concentrado em sua mesa, revisando alguns documentos.

- Senhor, aqui está o relatório que me pediu para fazer. - Falo, colocando o relatório em sua mesa.

-  Obrigado, Antonella. - Ele responde, pegando o documento.

Fico surpresa por ele ter me chamado pelo meu nome em vez de Srta. Navarro.

- Por hoje, você está liberada. Vá para casa e se arrume para o jantar.

Fico um pouco em choque, mas apenas concordo com um aceno. Saio da sala do Luca, arrumo tudo na minha, pego minhas coisas e vou embora. Chegando em casa, vejo o Miguel brincando e a dona Cecília sentada no sofá, observando-o.

- Boa tarde. - Falo ao fechar a porta.

Quando meu príncipe me vê, ele vem correndo me abraçar.

- Que abraço mais gostoso, meu príncipe!

- Boa tarde. Aconteceu algo para você chegar cedo? - Ela pergunta, curiosa.

- Não, o Sr. Ferrarini me liberou mais cedo, porque hoje vai ter um jantar de negócios e vou acompanhá-lo. - Respondo, e ela me olha com uma expressão sapeca.

- Pode mudar essa cara! É só um jantar de negócios. - Falo, e ela ri.

O resto da tarde vai passando. Dona Cecília e eu conversamos enquanto o Miguel brinca e desenha ao nosso lado. Quando a hora do jantar se aproxima, vou até o quarto e começo a procurar uma roupa para vestir. Depois de algum tempo, encontro um vestido vermelho que minha mãe me deu de presente de aniversário. Nunca cheguei a usá-lo antes.

Tomo um banho e, ao sair do banho, paro um momento para olhar para o vestido. Ele é um pouco mais ousado do que as roupas que costumo usar, com um corte elegante que realça minhas curvas de forma sutil. Sinto um misto de nervosismo e empolgação ao colocá-lo, mas lembro a mim mesma que é só um jantar de negócios. O perfume que escolho é suave, com um toque floral, e finalizo a maquiagem de forma leve, apenas para dar um brilho extra ao rosto.

Quando estou pronta, volto para a sala. Dona Cecília e Miguel estão admirando meus esforços.

- Mamãe, você está linda! - Miguel exclama, com os olhinhos brilhando de orgulho. Isso faz meu coração derreter, e sorrio, ajoelhando-me ao lado dele para lhe dar um abraço.

- Obrigada, meu príncipe. Prometo que volto logo, tá bem? - falo, beijando sua testa.

Dona Cecília me observa com um olhar maternal e compreensivo.

- Vai lá, querida. Miguel e eu ficaremos bem. E aproveite o jantar - ela diz, dando-me um sorriso encorajador.

Agradeço a ela. Quando estou prestes a chamar um táxi, recebo uma mensagem de um número desconhecido dizendo que está me esperando em frente à vila. Na mesma hora, penso em Luca. Despeço-me de todos e saio. Quando chego em frente à vila, lá está ele, parado, todo elegante, me esperando.

Luca está encostado em seu carro, impecavelmente vestido em um terno escuro, com as mãos nos bolsos e os olhos fixos em mim assim que apareço. Ele parece ainda mais imponente à luz suave do fim da tarde, com uma postura que exala confiança. Quando nossos olhares se encontram, sinto meu coração acelerar. Por um breve momento, ele me observa em silêncio, seus olhos percorrendo meu corpo, como se me estudasse com uma intensidade que me deixa um pouco desconcertada.

- Você está linda, Antonella. - Ele finalmente diz, com a voz firme, mas de um jeito quase suave, o que é raro vindo dele.

Sinto meu rosto esquentar e, por um instante, fico sem saber como responder. Opto por um simples "obrigada" enquanto me aproximo do carro. Ele, em um gesto que não esperava, abre a porta para mim. Entro no carro, ainda tentando processar o que estou sentindo. Não deveria estar nervosa... Afinal, é só um jantar de negócios, certo?

No caminho, a atmosfera dentro do carro está estranhamente silenciosa, mas não desconfortável. Luca mantém os olhos na estrada, dirigindo com calma e precisão. O perfume dele preenche o espaço, misturando-se com o meu, criando um ambiente que parece suspenso no tempo. Tento afastar os pensamentos que insistem em passar pela minha mente sobre como será esse jantar. Será só mais uma formalidade de negócios, ou algo a mais está por trás do convite?

Depois de alguns minutos, Luca quebra o silêncio.

- Sei que você está nervosa, mas não precisa se preocupar. É um jantar importante, mas você estará ao meu lado o tempo todo. - Ele fala sem tirar os olhos da estrada, sua voz carregando uma firmeza tranquilizadora.

Respiro fundo, tentando me acalmar.

- É que eu não estou muito acostumada a esse tipo de evento, senhor... Luca. - Corrijo-me rapidamente, lembrando do tom mais pessoal que ele usou comigo hoje.

Ele sorri de canto, mas não responde. Sinto que ele está me observando pelo canto dos olhos, mas não falo mais nada, focando minha atenção na paisagem que passa pela janela.

Chegamos a um restaurante elegante, com uma fachada sofisticada e discreta. Luca estaciona o carro e sai, vindo abrir a porta para mim novamente. Sua mão me oferece um apoio enquanto desço, e sinto a firmeza do seu toque por um instante, antes de soltar.

FICOU BOM?
BEIJOS

O CEO E A MÃE SOLOOnde histórias criam vida. Descubra agora