VOCÊ NUNCA MAIS VAI PASSAR POR ISSO

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Miguel, pega o sorvete e leva um para a minha mãe enquanto o Luca e eu caminhamos. Durante o passeio, acabo esbarrando em alguém.

- Olha por onde anda, sua gorda. - Diz o homem em quem esbarrei, com um tom rude.

Luca imediatamente para ao ouvir o comentário ofensivo, sua expressão suave de segundos atrás endurecendo como pedra. Ele se coloca entre mim e o homem, sua postura firme e protetora.Luca encara o homem com uma intensidade que faz o ar ao nosso redor parecer mais pesado. Sua mandíbula se contrai, e a suavidade em seus olhos é substituída por algo sombrio e perigoso. Ele dá um passo à frente, diminuindo a distância entre ele e o homem.

- Repita o que disse. - Sua voz é baixa, quase um rosnado, mas cada palavra carrega um peso que não deixa espaço para dúvida: Luca não vai deixar isso passar.

O homem, visivelmente desconfortável com a postura de Luca, recua um pouco, mas tenta manter a arrogância.

- Eu disse para ela olhar por onde anda. - Ele resmunga, mas evita encarar Luca diretamente.

Luca dá mais um passo, obrigando o homem a recuar ainda mais. A diferença de estatura entre os dois agora é evidente, e o ar ao redor parece carregar uma tensão palpável.

- Não foi só isso que você disse. - Luca rebate, sua voz ainda controlada, mas perigosa. - E eu sugiro que você peça desculpas agora.

O homem olha para os lados, como se procurasse uma saída, mas as pessoas ao redor começam a notar a situação, e o silêncio se instala no pequeno espaço.

- Foi só um comentário... - Ele começa, mas Luca o interrompe, sua voz agora um pouco mais alta.

- Um comentário desrespeitoso e inaceitável. - Ele rosna. - Você não tem o direito de falar assim com ela ou com qualquer outra pessoa. Então, vou te dar mais uma chance: peça desculpas. Agora.

O homem hesita, mas o olhar de Luca é tão intenso que parece cortar qualquer resistência. Finalmente, ele balança a cabeça, murmurando:

- Me desculpe.

Luca não se move, esperando por mais.

- Diga olhando para ela. - Ele exige, apontando para mim, sua mão ainda cerrada em punho ao lado do corpo.

O homem relutantemente se vira para mim, seu rosto vermelho de vergonha.

- Me desculpe... Não quis ofender.

Eu apenas aceno, sem saber exatamente o que dizer. Minha mente está dividida entre o choque pelo comentário cruel e a surpresa pela maneira como Luca me defendeu.

- Está resolvido. - Luca diz, mas o tom em sua voz deixa claro que ele está longe de satisfeito. - Agora, siga seu caminho antes que eu perca a paciência.

O homem rapidamente se afasta, murmurando algo inaudível, mas sem coragem de olhar para trás. Luca permanece imóvel por um momento, seus ombros tensos, como se estivesse segurando um último resquício de raiva.

- Luca... - Eu começo, minha voz baixa, mas ele se vira para mim antes que eu possa continuar.

- Você está bem? - Ele pergunta, sua expressão suavizando enquanto seus olhos escaneiam meu rosto em busca de qualquer sinal de desconforto.

- Estou. - Respondo, embora meu coração ainda esteja acelerado. - Obrigada por isso.

Ele inspira profundamente, tentando se acalmar, e balança a cabeça.

- Ninguém tem o direito de falar assim com você, Antonella. Ninguém.

Seus olhos encontram os meus, e há algo neles que me faz sentir segura, como se nada pudesse me atingir enquanto ele estiver por perto.

Antes que eu pudesse responder, Luca deu um passo à frente, aproximando-se de mim. Seus olhos, antes carregados de fúria, agora estavam repletos de algo diferente, uma intensidade que fazia meu coração disparar de um jeito completamente novo.

- Você não merece ouvir esse tipo de coisa, nunca. - Sua voz era mais baixa agora, quase um sussurro, mas ainda carregava aquela firmeza que parecia me envolver por completo. - E se eu puder evitar, você nunca mais vai passar por isso.

Minha respiração ficou presa na garganta quando ele ergueu uma mão, segurando meu rosto com cuidado. Seus dedos eram firmes, mas o toque era incrivelmente gentil, como se eu fosse algo precioso que ele queria proteger a qualquer custo.

- Luca... - Eu comecei, mas minha voz tremeu, e as palavras se perderam quando ele inclinou a cabeça, seus olhos presos aos meus.

- Eu não vou deixar ninguém te machucar, nem com palavras, nem de nenhuma outra forma. - Ele murmurou, tão perto que eu podia sentir seu hálito quente. - Nunca.

E então, antes que eu pudesse reagir, ele se inclinou e me beijou.

O mundo ao nosso redor desapareceu no instante em que seus lábios encontraram os meus. Era intenso, desesperado e cheio de sentimentos que não precisavam ser ditos. Ele me puxou mais para perto, uma mão ainda no meu rosto enquanto a outra deslizava para a base da minha cintura, como se quisesse garantir que eu estivesse ali, junto a ele.

Meus dedos, antes incertos, agarraram sua camisa, segurando-o como se ele fosse o único ponto de estabilidade naquele momento. O beijo era um turbilhão, uma mistura de raiva reprimida pelo que tinha acontecido, alívio por estar ali comigo e algo mais profundo, uma necessidade urgente que parecia estar esperando para explodir há muito tempo.

Quando finalmente nos separamos, ambos estávamos ofegantes. Luca encostou sua testa na minha, seus olhos ainda fechados enquanto ele tentava recuperar o fôlego.

- Desculpa se eu fui impulsivo... - Ele começou, mas eu o interrompi, colocando uma mão sobre seu peito, sentindo o ritmo acelerado do seu coração.

- Não precisa se desculpar. - Sussurrei, meus lábios ainda formigando pelo contato. - Eu... gostei.

Um sorriso leve apareceu nos lábios dele, mas foi breve, substituído pela mesma expressão protetora de antes.

- Só quero que você saiba o quanto é importante para mim, Antonella. - Ele disse, sua voz carregada de sinceridade. - E que eu faria qualquer coisa para te proteger.

Eu não tinha palavras para responder. Tudo o que consegui fazer foi me inclinar novamente, desta vez tomando a iniciativa de beijá-lo de volta.

PRECISAMOS DE UM HOMEM DESSES NAS NOSSAS VIDAS.
ESPERO QUE TENHA FICADO BOM.
BEIJOSSS!!!

O CEO E A MÃE SOLOOnde histórias criam vida. Descubra agora