LUCA
Uma semana se passou desde o aniversário do Miguel. Durante essa semana, meus pensamentos ficaram apenas no dia do aniversário e no beijo. O passar do dia do Miguel me fez ficar ainda mais apaixonado por eles. Dona Raquel é uma mulher maravilhosa.
Enquanto lia alguns documentos, ouvi alguém bater na porta e entrar logo em seguida. Levantei o olhar para ver quem era e vi Antonella fechando a porta atrás de si e caminhando em minha direção.
- Luca, aqui está o relatório da reunião. - Ela disse com a voz controlada, colocando o documento sobre a mesa.
- Obrigado, bonequinha. - Respondi, deixando um sorriso de lado escapar ao notar o leve rubor que tomou conta de suas bochechas.
Levantando-me da cadeira, me aproximei devagar. Seus olhos hesitaram entre me encarar e fugir, enquanto sua respiração acelerada denunciava o que ela sentia. Observei o sutil movimento de seus seios, acompanhando o ritmo da respiração.
Com calma, toquei seu rosto, guiando seu olhar até o meu. Me aproximei de seu pescoço e depositei pequenos beijos ali, sentindo-a estremecer levemente ao toque.
- Está nervosa, bonequinha? - Perguntei, sussurrando suavemente em sua orelha.
Quando dei uma leve mordida em seu lóbulo, ela soltou um suspiro. Quando estava prestes a beijá-la, fomos interrompidos pela entrada repentina da minha mãe na sala. Antonella se afastou rapidamente, visivelmente envergonhada.
- Com licença. - Ela, saindo apressada.
Assim que ela deixou a sala, minha mãe me lançou um sorrisinho provocador. Eu a encarei, irritado por ter interrompido meu momento com minha bonequinha, antes de caminhar até a minha cadeira.
- Desculpe, meu filho. - Ela disse, ainda com aquele sorriso no rosto. - Não sabia que ela estava aqui com você, parece que alguém conquistou o coração do meu menino. - Ela falou, sentando-se na poltrona à minha frente.
- E quem disse que estou apaixonado, dona Clara? - Perguntei, encarando-a.
- Esse seu brilho no olhar não engana ninguém. - Ela respondeu, dando mais um sorriso. - Você está caidinho por ela e não quer assumir. - Ela falou, me observando atentamente.
- Tá bom, dona Clara. Realmente estou apaixonado por ela. - Soltei um suspiro, passando as mãos no cabelo. - Não sei mais o que fazer, ela não sai dos meus pensamentos. Ela e o pequeno Miguel. - Sorri ao imaginar ele me chamando de pai.
Minha mãe me olhou com ternura, algo raro de se ver em sua expressão geralmente controlada. Ela sabia como arrancar de mim sentimentos que eu, muitas vezes, nem admitia a mim mesmo.
- Você já pensou no que vai fazer a respeito disso? Porque ficar só sonhando não vai levar vocês a lugar nenhum.
- Não é tão simples assim, mãe. - Respondi, com um tom frustrado. - A Antonella tem uma vida muito diferente da minha. Ela tem o Miguel para cuidar, e eu... bem, você sabe como minha vida pode ser complicada.
- Ah, Luca... - Ela suspirou, balançando a cabeça. - Você sempre arruma desculpas para evitar sentimentos verdadeiros. Está com medo de se envolver porque acha que não pode dar conta de tudo. Mas, me diga, ela e o Miguel não valem a pena?
Fiquei em silêncio por um momento, refletindo sobre as palavras dela. A imagem de Miguel correndo pela sala, com sua risada contagiante, e o sorriso de Antonella ao observá-lo, veio à minha mente como uma resposta clara.
- Valem mais do que qualquer coisa, mãe. - Admiti, com a voz firme.
Minha mãe sorriu, satisfeita com minha sinceridade.
- Então, Luca, pare de se esconder atrás de desculpas. Se você quer essa mulher e o filho dela em sua vida, lute por eles. Não espere que ela adivinhe o que você sente.
Eu sabia que minha mãe tinha razão, mas, ao mesmo tempo, sentia o peso das incertezas. Será que Antonella me daria uma chance? E, se desse, eu conseguiria ser o homem que ela e Miguel precisavam?
Antes que eu pudesse responder, minha mãe se levantou, alisando o vestido com elegância.
- Pense bem no que te disse, meu filho. Não deixe o amor escapar por medo.
Ela se inclinou, beijando minha testa antes de sair da sala, deixando-me sozinho com meus pensamentos e com a crescente determinação de que, dessa vez, eu faria algo a respeito.
UMA SEMANA DEPOIS
Uma semana se passou desde a conversa com minha mãe, e tudo o que ela disse não sai da minha cabeça. Durante essa semana, me peguei observando Antonella ainda mais. Cada detalhe dela me encantava: a forma como ajeitava os cabelos, o cuidado com que falava sobre Miguel, e até mesmo o jeito que corava quando nossos olhares se cruzavam. Era difícil ignorar o que eu sentia, mas também era difícil saber como agir
Naquela manhã, enquanto revisava alguns contratos, minha mente voltou a se perder em pensamentos sobre Antonella. Lembrei-me de sua expressão envergonhada quando minha mãe entrou na sala, e de como seus olhos brilhavam sempre que falava de Miguel. Não dava mais para fugir do que eu sentia.
"Será que ela sente o mesmo?", pensei, passando os dedos pela barba em um gesto distraído. Cada vez que tentava me convencer de que era melhor deixar as coisas como estavam, algo em mim gritava que eu precisava tentar. Antonella e Miguel eram diferentes de tudo o que já experimentei. Pela primeira vez, não era só sobre desejo ou atração, era algo mais profundo.
Levantei-me da cadeira e fui até a janela, observando a vista da cidade. Lembrei-me das palavras da minha mãe: "Se você quer essa mulher e o filho dela em sua vida, lute por eles." Ela estava certa, como sempre. Se Antonella era tudo o que eu queria, por que não fazer algo a respeito?
A ideia começou a tomar forma em minha mente. Um pedido de namoro. Não algo impessoal ou apressado, mas algo que mostrasse a ela que eu estava disposto a entrar em sua vida e acolher não só ela, mas também Miguel. Eu queria provar que estava comprometido. Sorri, sentindo uma nova energia me invadir.
OI, PESSOAL! VOLTEI A ESCREVER DEPOIS DE UM TEMPINHO DE DESCANSO. A CRIATIVIDADE NÃO ESTÁ AINDA 100%, MAS NÃO CONSIGO FICAR LONGE DA ESCRITA E DE VOCÊS. NÃO SEI SE ESSE CAPÍTULO FICOU TÃO BOM ENQUANTO EU ESPERAVA. ESPERO QUE GOSTEM.
BEIJOSSSS!