parabólica;
- última curva do circuito de Monza, Itália, um setor ícone.
- parabolica agora é um setor moderno.
- onde eu escrevo imagines com seus atletas favoritos.
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Quando o avião tocou a pista, a vibração da aterrissagem me fez abrir os olhos. Eu estava em Silverstone. Olhei pela janela e vi o céu cinzento característico da Inglaterra, com nuvens pesadas que pareciam prontas para abrir uma tempestade a qualquer momento. Lance me avisara sobre o clima instável. Ele sempre ria quando eu reclamava do frio e da chuva.
Eu estava exausta. Havia terminado uma turnê exaustiva pela Europa, com shows em cinco países diferentes em menos de duas semanas. Mas, naquele momento, tudo que importava era estar aqui para ele. Era a primeira vez que eu acompanharia uma corrida de Lance como parte da equipe, andando pelo paddock, vestindo o uniforme, assistindo a cada detalhe de perto. Apesar do cansaço, eu estava animada.
Assim que saí do avião, um carro da equipe já me esperava. Eu estava vestindo uma jaqueta enorme para me proteger do vento, e meu rosto ainda estava um pouco inchado da viagem, mas não importava. Finalmente, eu estava ali, onde Lance passava tanto tempo, o lugar onde ele enfrentava seus desafios, o mundo que o moldava e o definia.
Quando cheguei ao paddock, me deparei com o frenesi que era o coração da Fórmula 1. O barulho das ferramentas, o som dos motores testados, o cheiro inconfundível de borracha queimada misturada com gasolina. Tudo era tão intenso, tão diferente da atmosfera dos bastidores dos meus shows. Olhei ao redor, sentindo-me um pouco deslocada, mas logo percebi um rosto familiar vindo em minha direção: Lawrence, o pai de Lance. Ele me recebeu com um sorriso caloroso e um abraço.
— Chloe, você chegou! Ele vai ficar tão feliz em te ver.
Aquele homem, embora sério e reservado, tinha um carinho sincero por mim. Sempre senti que ele apoiava o nosso relacionamento, e isso era importante. Ele me conduziu através do paddock, cumprimentando algumas pessoas pelo caminho, até chegarmos à garagem da equipe, onde Lance já estava conversando com alguns engenheiros.
De longe, fiquei apenas observando. Lance estava concentrado, ouvindo atentamente as instruções, vestindo o macacão de corrida com o logotipo da equipe, as luvas penduradas no cinto. A postura dele, a maneira como falava e gesticulava... Ele era tão diferente ali. Lance, o meu Lance, parecia mais sério, mais intenso, quase como se estivesse em um universo paralelo. Sorri ao ver o quanto ele estava focado, e o quanto isso o tornava ainda mais fascinante para mim.
— Lance — chamou Lawrence, acenando para o filho.
Lance se virou, e quando nossos olhares se encontraram, o rosto dele se iluminou. Ele veio rapidamente na minha direção, com aquele sorriso que me fazia sentir em casa em qualquer lugar do mundo.
— Você veio mesmo! — ele disse, me abraçando com força.
— Claro que vim! Como eu perderia essa corrida? — brinquei, mas ele percebeu o cansaço no meu rosto.
— Parece que minha garota famosa está precisando de uma cama, não de uma corrida — ele disse, rindo e me puxando para perto. — Espero que ainda esteja no clima.