parabólica;
- última curva do circuito de Monza, Itália, um setor ícone.
- parabolica agora é um setor moderno.
- onde eu escrevo imagines com seus atletas favoritos.
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O vento fresco de Montevidéu soprava leve naquela tarde, trazendo o cheiro do mar e o som distante de crianças brincando. Estela ajustou o capacete de segurança, observando a estrutura quase concluída do centro comunitário. Era seu projeto mais ambicioso até então, e também o mais especial. Cada viga, cada detalhe tinha sido pensado para acolher as crianças da comunidade. Ainda assim, sentia o peso da responsabilidade em seus ombros.
— Está lindo, não está? — disse uma voz familiar atrás dela.
Ela se virou, um sorriso involuntário surgindo em seu rosto ao encontrar os olhos castanhos de Brian. Ele estava sem o usual uniforme esportivo, usando uma camiseta simples e jeans, mas ainda tinha aquele ar descontraído que a fazia relaxar.
— Está ficando, pelo menos. Ainda falta ajustar a iluminação externa — respondeu, apontando para a lateral do prédio. — Mas você está atrasado. Pensei que tinha treino.
Brian deu de ombros, com um sorriso travesso.
— Treino pode esperar. Eu precisava ver isso com meus próprios olhos.
Ele caminhou até a entrada, onde o logotipo do projeto estava esculpido em aço reciclado. Passou os dedos pela textura do material, como se estivesse sentindo a alma do lugar.
— Você conseguiu transformar um sonho em algo real. É incrível, Estela.
Ela cruzou os braços, fingindo indiferença.
— Você também ajudou, lembra? Sem a sua doação, isso não teria sido possível.
— Dinheiro não constrói paredes. Nem coloca coração nisso tudo. — Ele virou-se para ela, sério de repente. — Você colocou alma aqui. Eu só... chutei a bola na sua direção.
Estela soltou uma risada curta, mas seus olhos não disfarçavam o carinho que sentia. Era impressionante como Brian, com todas as luzes dos holofotes sobre ele, conseguia ser tão genuíno.
— Falando em bolas, eu ainda não entendo como vocês conseguem fazer aquilo no campo. Correr para lá e para cá atrás de uma...
— Cuidado com o que diz, arquiteta — interrompeu ele, divertido. — Você está falando do amor da minha vida.
Ela arqueou uma sobrancelha.
— Achei que fosse eu.
Brian aproximou-se, as mãos nos bolsos, um sorriso desenhando-se lentamente em seu rosto.
— Você é. Mas o futebol me trouxe até você, então ele ainda ganha uns pontos.
O silêncio que se seguiu não foi desconfortável. Pelo contrário, era como se ambos soubessem exatamente o que o outro estava pensando. Estela desviou o olhar para as crianças que brincavam em um campo improvisado ao lado do canteiro de obras. O som de risadas infantis parecia iluminar o dia.