Capítulo 1

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  Sempre tive tudo o que eu queria roupas de marca, relógios importados, óculos de grife em fim tudo o que de bom o dinheiro pode oferecer, e ainda comia as gurias mais deliciosas depois das baladas. Também eu particularmente sou muito bonito: 1,88 de altura com um corpo bem trabalhado pelas academias desde os 15 anos, cabelos castanhos escuros e olhos verdes escuros e pele branca bronzeada. Estou no terceiro ano de um colégio de elite e sempre fui bastante popular. Ah, me esqueci meu nome é Bernardo DelaVoglio.

Sempre fui muito brigão e encrenqueiro e essa sempre foi a minha reputação na escola. Meu pai é diretor de um escritório de advocacia na região sudeste o que me permitia levar o padrão de vida que eu levo; Mas a história começa no inicio do ano letivo e eu estava conversando com os meus amigos sobre as férias quando o vi pela primeira vez: eu não me apaixonei a primeira vista nem nada disso ( na época se eu me imaginasse nessa situação de agora me chamaria de viad*), o apenas observei. Ele certamente era novato, e parecia bastante assustado com tudo e todos. Sabe igual a aqueles animaizinhos acuados de medo, o que certamente era muito engraçado.

Ele tinha os cabelos ruivos escuros, boca pequena rosada, mas bastante interessante ( que merda é essa de interessante!), rosto bem delicado com feições regulares sobre uma camada bem fina de pele clara sem sardas que parecia que iria romper a qualquer minuto. Ele não olhava pra frente só olhava pra baixo escrevendo cuidadosamente. Apontei para o Carlos, um dos meus amigos e começamos a rir de deboche. Fomos lá e começamos a ver o que aquele viadinho estava fazendo.

--Sabe Bernardo, se eu soubesse que esta merda de escola estava sendo frequentada por qualquer um já teria saído - disse Carlos apontando pra a roupa que o novato usava: eram largas e levemente puídas de tanto serem lavadas. A mochila era velha e o celular que estava em cima dele parecia sair de um museu dedicado a dinossauros tecnológicos. Ele continuava a desenhar no bloco de papel concentrado.

--É um dos planos da diretora Gupta. Trazer gente dura e miserável pra cá em vez de umas minas estrangeiras gostosas...- comecei a rir; Ele mantinha o olhar fixo no bloco mas as bochechas estavam vermelhas. - Vai falar não porra?!

Ele largou a caneta e fixou os olhos em mim. Eram azuis, mas eram de uma tonalidade diferente: mais escuros que o céu mas de um tom que lembrava lápis-lazúli. E eu juro que por um curto espaço de tempo esqueci até o meu nome, mas por fim disse:

--Desculpa. Vocês estão falando comigo? - disse ele. - Por que sinceramente eu...

--Não babacão , tamo falando com a tua cadeira! - Zombou Carlos.

--Bem se é assim, eu vou sair daqui. Com licença... - disse ele saindo. Bem isso só foi o inicio de uma semana de diversão garantida pra zombar do garoto. Ele era calado, conversava pouco, e era isso que nos queríamos alguém pra tirar um sarro pra aliviar o estresse. A gente escondia as coisas dele, trancávamos no banheiro, e pegava no pé dele. Fazemos isso com vários novatos e alunos. Mas uma vez eu derrubei na cantina e as batatas com catchup caiu em cima da camisa dele e todos começaram a rir e ele falou baixinho chorando: "Eu odeio você". Foi ai que a brincadeira melhorou.

Eu namorava uma menina chamada Catarina. Muito gostosa, com um belo par de seios e pernas. Ela é morena, bem patricinha, mas foda-se isso, eu só a traçava por que era bom. Meus amigos também tinham namoradas e todos nós sempre saiamos pra festas e baladas VIP, e apostas de carros, corridas de quadrículo, jogos de pólo, etc... E naquele final de semana nós íamos á uma festa na praia, o que seria perfeito se não fosse proibir por causa de um jantar idiota com o chefe dele.

--Você não vai e ponto final! -esbravejou ele.

--E que vai me obrigar a ir? - falei.

-- Você não entende não é mesmo? Eu estou passando por uma séria crise no escritório. O meu chefe está planejando demitir alguns advogados e antes que a minha cabeça caia eu já tinha armado uma ideia que envolve você!

E o Playboy se Apaixona de VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora