Capítolo 7

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Eu fui acordando aos poucos por causa da claridade do quarto... E eu dormi tão bem que se acontecesse um terremoto nem notaria. Eu abri os olhos devagarinho e vi ele me observando... Até mesmo com o cabelo desgrenhado, e a cara de sono, ele fica tão sexy.
--Bê eu já vou ter que ir embora... - disse ele calmo. Eu gostei do meu novo apelido... Bê... Sorri pelos cantos da boca. Ele estava sentado ao meu lado na cama... Quando ele ia sair eu agarrei o braço dele o fazendo cair ao meu de costas pra mim. Enrosquei meus braços nele e cheirei o pescoço, cabelo e cangote... E sussurrei no seu ouvido:

--Fica aqui vai! O quê que custa?

--Você sempre me coloca em situações difíceis - disse ele pensativo... - Você sabe o quanto quero estar aqui com você...

--Eu deveria te sequestrar. - falei

--Concordo!!! - ele disse de imediato.

--Você não tem a mínima ideia do quanto é bom estar contigo. - confessei.

--Digo o mesmo. - Ele se virou e saiu para o banheiro... Agora aqui na claridade do dia... ele é tão gostoso... Tive de resistir ao pensamento sacana que me veio: entrar peladão no meio do banho dele. E mais uma vez a minha barraca já estava armada... Depois ele saiu com os cabelos mais arrumados, o rosto limpo e o hálito de menta fresca. Foi a minha vez de ir no banheiro, me higienizei e sai. Ele já estava arrumado com a calça, e uma camisa do The Strokes preta minha... Ele me abraçou e me beijou... E tão bom o gosto, a textura, e os movimentos de sua boca. Ele segurava a minha nuca e eu o seus quadris... E quanto fui perceber a gente já estava na cama, com eu entre as suas pernas...

Ele parou o beijo, e se afastou e vi aquela boca vermelhinha pelos beijos... Ele passou o polegar bem de leve na minha boca, onde dei uns beijos...Depois acompanhou com o resto da mão , o meu queixo, maxilar, as linhas do meu nariz, as pálpebras, maças do rosto... Era como se ele estivesse quero sentir cada detalhe de meu rosto. Ele suspirou por fim, e perguntei:

--O que foi amor? - agora já era natural falar isso, era uma ação automática.

--Nada...É que você é tão bonito... - disse ele corando. - E eu fico pensando comigo mesmo sabe... Sobre o seu rosto... Acho mais bonito os seus olhos.

--Hummm - meditei um pouco nas palavras dele. - E o que você vê neles?

-- O meu futuro...

Sorri e dei mais um beijo nele... Eu estava cada vez mais na mão desse guri...

--Bê vai logo se vestir, pra me levar em casa... - disse ele sorrindo - Meu pai deve estar... Pirando agora.

--Certo.

Me levantei e fui pro armário pegar um short e camisa... Tirei a camisa e eu tive a ligeira impressão de ouvi alguém arfar... Certo eu realmente tenho um corpo bacana... Sempre faço exercícios físicos pra manter a forma e os músculos, mas ai eu tive a ideia de para confirmação: tirei de uma vez um short e pelo canto dos olhos vi Ariel mudar de cor, de um vermelho vivo a um branco quase cera de vela. Quase cai na risada. Pra ler as emoções dele agora era tão fácil... Eu estou ficando bom nisso.

Depois a gente foi descendo, as escadas devagarinho e fomos pra garagem. Liguei o carro e no caminho pra lá a gente foi de mãos dadas... Deixei a janelas do carro abertas e com a radio ligada. De vez em quando eu via ele com o mesmo sorriso e os cabelos esvoaçando por causa do vento. Quando chegamos lá eu falei:

-- Bem aqui estamos...

--Infelizmente sim. - disse ele tristonho

--Fica assim não - disse tirando uma mecha do cabelo em seu olho.

E o Playboy se Apaixona de VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora