Capítuto 3

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Eu realmente não consigo entender por que eu tenho pensado tanto no Ariel nesses últimos dias. Somos absolutamente o oposto em tudo até em gostos... Ele não se entretém com ninguém, sempre meditativo e lógico... Como eu posso dizer: Ele é maduro demais pro meu entendimento. Era isso. Ou será que eu era infantil demais pra tentar entende-lo? O mais incrível nesta história é que nos conversamos só amenidades, mas eu queria conversar mesmo com ele. Geralmente não procuro muito entender as pessoas. Mas alguma coisa nele que não sei descrever em palavras me deixa profundamente inquieto.
Na Quarta-feira fui pedir desculpas pra todos. Passei quase a manhã inteira pedindo desculpas para as pessoas que enchi o saco... Teve gente que até me olhou esquisito do tipo: "Quem é você, e o que fez com Bernardo?" e teve até um nerd que disse: "Você foi abduzido por aliens? por que tem um episodio de Star Wars que eu vi em que...", mas tirando isso, prometi a eles que nunca mais os importunarias. Até que não foi TÃO ruim assim, só que é meio difícil pra eu admitir o erro e pedir desculpas. Essa é a minha cruz. O orgulho. Meus amigos reagiram de uma forma estranha com essa minha mudança de comportamento, que na realidade foi aos poucos, por que é impossível alguém mudar assim tão bruscamente.

Lógico que eu solto uma palavra feia com os outros e tal, mas depois me desculpo. Mas enquanto meu comportamento melhorava a minha relação com Catarina piorava... Ela reclamava da minha frieza com ela e dizia que eu não era mais o mesmo... Mas o que eu podia fazer a respeito? A guria tinha uma conversa tão profunda quanto uma piscininha rasa pra crianças. E foi ai que pedi um tempo, o que ela por incrível que pareça aceitou rapidamente dem nem pestanejar... Aff magoou o meu ego. Mas isso era muito bom; Porque de certa forma eu preciso de um tempo pra eu entender o que está acontecendo, comigo e outras coisas.

E minha semana continuou um porre até sexta-feira quando falei com meu pai que iria visitar Ariel no sábado. Nunca o vi tão contente:

--Finalmente você acertou uma né Bernardo... Mas tudo bem, só me dê a sua palavra que não vai cometer besteira! Tenha muito cuidado com que você fala certo e também....

--Pai relaxa. Eu já me entendi com ele né? E por ultimo, eu sou vou visita-lo e não fazer uma entrevista de emprego. - falei.

-- Certo. Vai fazer o que lá?

--Ah sei lá véi... Botar o papo em dia essas coisas, sabe?

--Ok. Só não volte tarde. Ou bêbado. Ou com uma multa. Ou com uma infração da ...

--Tá tá tá, entendi...

-- Caso ver o Sr. Aldbrecth, mande os meus comprimentos...

Fui pro quarto e passei mais uma vez a lista dos gostos dele. Memorizei cada livro, autor, compositor, ópera, enfim tudo o que ele gostava. Quando deu umas 14h00min, fui tomar um banho e me arrumar pra ir lá. Peguei o carro do meu pai e fui pra lá. Fui atendido pela governanta da casa que me guiou até a sala, era estranho ver ela assim sem decoração de festa. Tudo era de tons neutros e muito bem mobiliados. Foi quando eu vi uma fotografia na mesinha que me chamou a atenção. Era uma mulher muito bonita de cabelos pretos com um bebezinho ruivo. Ahhh então essa é a mãe de Ariel... Ele parecia o garotinho do filme O Pestinha.

-- Ele está lá no quarto pode subir... quer que eu te acompanhe? - disse ela sorrindo

--Não, tudo bem eu me lembro do caminho... Essa aqui é a mãe do Ariel? - perguntei apontando pra fotografia.

--É sim. Ela era linda não é mesmo? - murmurou ela ligeiramente dispersa em pensamentos;

-- O que realmente aconteceu?

--Morreu em uma embosca feitos por uma quadrilha que ela estava investigando. Ela era juíza sabe, e é muito complicado de explicar esses assuntos.- disse ela dando um sorriso amarelo de tristeza.

E o Playboy se Apaixona de VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora