Capítulo 16

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Alguém ai já passou por tentações e outras coisas que te fizeram tremer na base? Do tipo você sabe que é errado, mas os olhos querem ver mais e mais enquanto o seu cérebro luta para dar a razão? Pois é, era exatamente isso o que eu sentia isso olhando a minha prima, um tesão fora do controle, MAS, eu sempre me lembrava que eu tinha firmado um compromisso sério com o Ariel. Ok, mas puxa, precisava ter uma gostosa caipira com sotaque do interior e virgem?! Se fosse há algum tempo atrás eu já teria traçado essa guria. Mas toda vez que eu pensava isso um peso enorme caia nas minhas costas, não é dor de coluna, acho que é aquela coisa que as pessoas tem... Como se chama mesmo? Ah, sim. Consciência.

Enquanto eu me arrumava pra deixar o pequeno vulcão na cadeia domiciliar (denominada também de lar do papai. Ou como eu gosto de chamar a toca do dragão...). Enquanto vestia uma camiseta descendo as escadas eu vi uma cena um tanto chocante; O meu fosforozinho, estava com as mãos segurando firme o queixo de Paula como uma garra, e com a expressão completamente diferente.

-- Eu só vou falar uma vez - a voz endurecida e fria - Atreva-se a brincar com o que não é seu se não eu vou arrancar seus dedos e unhas com um alicate de eletricista. Só quero que você ouse, por que se não faço você virar artigo de pele de piranha.

E saiu porta a fora assoviando uma canção, como se nada tivesse acontecido. Fui andando atrás dele sem entender o por que daquela cena, mas eu nem fiz questão de perguntar... O caminho até lá na casa dele foi silencioso, e quando cheguei na porta ele quebrou o gelo:

-- Entra comigo...

-- Nem vem... Eu já estou com a quota cheia do humor azedo do seu pai. - esquivei.

-- Ah me poupe né? Vai dar uma de covarde agora? - ele riu.

--Lógico que não, só que... Ah quer saber, eu vou logo entrar nessa porr... - não completei a frase.

Preciso de uma dose de adrenalina de vez em quando hehehehe... Eu cheguei lá e o Sr. Antônio estava fumando um charuto ( o que deixava ele ainda mais parecido com o Poderoso Chefão... Assustador ).

-- Ahh, o traste está aqui... - disse ele seco.

-- É bom ver o senhor também - disse sorrindo. Alguém tem uma faca aí?

-- Eu vou ser direto. Você está convidado a ir conosco na fazenda... - ele soltou a fala como se fosse se tivesse uma coisa horrível na boca dele.

-- Ah, bem é que... - eu ia recusar, mas o Ariel me olhou com a aquela cara " Recuse, e você será um homem morto". - Que dia será?

--Amanhã. Sugiro que vá a sua casa pegar umas roupas... Acho que vai ter de dormir aqui. Partiremos às 6 da manhã.

--Ok... - disse.

--O que está esperando? Vai logo buscar as coisas do que precisa!

Sai de lá e corri para o carro... Certo. A primeira coisa que pensei enquanto estava no volante foi: Que merda é essa que eu fiz?! Eu não gosto de fazenda! Eu gosto da cidade, da sua movimentação, do transito caótico, do concreto, dos shoppings... Pra me enfiar no meio do mato, cheio de mosquito e ainda por cima sem poder fazer nada por que o sargento estava de olho arregalado pra qualquer lugar que eu ia. Eu já estava entupido de problemas, imaginando a surra que teria de dar no Arthur, ver o porquê daquela atitude com a minha prima, entre outras coisas. Quando cheguei em casa organizei uma mochila com o que precisava... Por que pra ficar no mato é preciso realmente levar algumas coisas. Sai de lá com uma mochila e uma mala pequena, e voltei pra casa do sogrão;

Voltei pra lá ciente de que não rolaria nada mais tarde... (O que claramente significa que essa viajem seria um saco). Jantei lá, e por fim fui dormir. Acordei umas 5 e 30 da manhã com um mau-humor tenebroso, por que eu realmente ODEIO acordar cedo. Sai do quarto emburrado, e vi o fosforozinho de calça jeans, casaco, e botinas de couro. Ele parecia bem mais disposto a ir;

E o Playboy se Apaixona de VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora