Capítulo 11

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Acordei aos poucos com uma sensação muito boa de satisfação muito boa... Era uma sensação de tranquilidade, pois me lembrava da noite em que eu havia transado com ele. É engraçado pensar isto... Mas é a mais pura verdade. Quando você tem essa relação com alguém que realmente ame, você se sente completo como se uma peça de seu quebra-cabeça há muito tempo perdida voltasse mais uma vez pra completar... Clichê? É com certeza. Mas o amor é assim. Ele nos faz ficar bobões e clichês...
Mas quando eu estava lá no meu nirvana pessoal, vejo que estou sozinho no quarto, totalmente pelado com a cama revirada ao avesso... Fui ao banheiro ver se tinha alguém, mas estava vazio. Ele teve a cara de pau de vazar assim depois de usar e abusar do meu corpitcho? Quem aquele garoto pensa que é? Tomei uma ducha rápida e fui me vesti, perguntando a mim mesmo que cara ele deveria estar agora depois dos planos maquiavélicos dele. Desci às escadarias, rápido me dirigindo a sala de jantar onde estava ele e o pai comendo o café da manhã;

Ariel estava sentado na mesa com um caderno e comendo pão de queijo, enquanto seu Antônio estava lendo o jornal, com os óculos e com uma expressão tranquila. Mas quando me viu mudou radicalmente o humor, estreitando os olhos verdes como um daqueles mafiosos do Poderoso Chefão.

--Demorou em? Tem que acordar mais cedo, para poder ir para a aula. Ou você quer virar um sanguessuga do seu pai? - disse ele doce que nem um limão azedo. O velho rabugento do diabo;

--Pai por favor! Não hoje de manhã... Dormiu bem Bernardo? - disse Ariel pegando uma maçã vermelha e girando na mão. Cara de pau.

--Com certeza! A cama estava beeeeem macia! - disse.

--Fico feliz por isso! - disse ele dando uma dentada com vontade.

Cara eu tinha que me contorcer para não cair na risada... Ele era muito cara de pau mesmo... Sentei-me à mesa e comecei a comer, sendo que uma vez ou outra ele roçava os pés dele nas minhas pernas, descendo e subindo, enquanto tomava tranquilamente o chocolate quente e sorria inocentemente. Certo, eu devia tomar as rédeas de mim mesmo, antes que o meu pau endureça em plena 07h00min da manhã.

Depois fomos pra escola em carros separados (o meu "milagrosamente" prestou de manhã. E por isso o ditador, digo, pai dele resolveu que cada um deveria ir num carro diferente... Acho que ele pensa que eu sequestraria o filho dele... o que não seria de fato uma má ideia), e chegamos lá a tempo; Bem naquela hora quando sai de meu carro, Carlos veio a até mim.

--Fala parceiro! -disse dando um soco de leve no ombro dele.

--Eae Bernardo... Cara eu estava mesmo querendo bater um papo contigo. - ele falou um tanto receoso.

--O que?

--É que eu ouvi um boato... Que sinceramente eu não acreditei...

--Fala logo porra! - disse estressado.

--Estão falando que você está comendo o garoto-Mary Jane, pelas costas... Por que agora tu só anda com ele.

--O quê? De que porra tu tá falando? - disse nervoso.

--Cara, por favor só me diga que não é verdade... Tu é o cara mais pegador que eu já conheci, além de eu é claro - disse ele apontando o dedo pra ele mesmo

--Pra que você quer saber?

--Véi, você é o meu amigo há anos, desde que a gente era muleke... Por favor, me diga que tu não virou viado - disse ele falando as palavras em um tom suplicante.

Quase que eu não caio em cima do Carlos, pra soca-lo tanto que nem a mãe dele o reconheceria. Mas ele era o meu amigo há anos... Sempre o meu parceiro das raves, do futebol... E ele me conhecia bem, mas era que eu estava com medo. Sim, medo. É duro de imaginar o que os outros estão pensando ou irão pensar a respeito de mim... Por que deve ser ruim demais quando você é tachado de alguma coisa. Mas o que eu posso fazer? Eu deveria aguentar a situação... Mas era difícil demais. Eu poderia manter essa relação de forma discreta... Não escondido, mas também não escancarado.

E o Playboy se Apaixona de VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora