Capítulo 9

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Fui acordando aos poucos, mas não sentia o corpo dele perto de mim... Tateei a cama a procura de um sinal, mas não encontrei nada. Abri os olhos ao pouco sentindo a luz solar me cegar por alguns instantes e ouvi o barulho do chuveiro ligado. Sorri pelos cantos da boca, e me levantei completamente pelado pra entrar dentro também, mas ele trancou a porta.

--Isso é injusto, sabia? - falei encostado na porta.

--Ah que pena Bê... - disse ele rindo.

--É sério! Vai me deixa entrar? - Implorei louco de vontade de tomar um sexy-banho...

--É... NÃO!

--Eu vou arrombar essa porta, estou te falando!

--É sério? Bem, o prejuízo será seu e não meu!!! - continuou

--Então, vai me deixar aqui, do lado de fora, triste e sozinho? - imitei o tom carente.

Foi quando ele abriu a porta já com o banho tomado e com o meu roupão, o cabelo ainda gotejando agua. Depois que olhei pra ele, lembrei da noite de ontem, em um flashback instantâneo... Meu pau endureceu na hora, e ele olhou pra ele e revirou os olhos.

--Tarado! - disse ele rindo.

--Está vendo o que você faz comigo? - Disse passando o braço em volta dele, beijando o pescoço molhado.

--Bem, embora eu quisesse ficar o dia inteiro aqui com você eu não posso. Tenho que voltar para a minha prisão. - murmurou.

--Vamos fugir? - Brinquei

--Ah tá... Você sabe muito bem que o meu pai nos caçaria até no centro da Terra se fosse preciso.

--E como vai ficar o seu pai? - perguntei preocupado.

--Ele vai engolir a situação... Será extremamente complicado já que ele é judeu não-ortodoxo... - ele disse pensativo - Mas dê um tempo pra digerir a situação. Mas por falar nisso...

--O quê?

-- O que ele te falou quando fui pro quarto? - ele fixou os olhos em mim.

--Humm, ele só brigou comigo dizendo que nunca ia aceitar e tal... - lógico que omiti a parte do suborno. Afinal, por mais estupido que fosse ainda era o pai dele.

--Certo - ele sabia que eu estava mentindo estava na cara... Mas, às vezes é melhor deixar o assunto do jeito que está.

Dei um selinho rápido nele e fui tomar banho. Depois fui me arrumar, bastante nervoso afinal, a noite anterior estava tão tensa que era até possível sentir o ar pesado com cheiro de ferrugem do sangue... É sério. Eu me vesti, e fui descendo as escadas devagarinho para não acordar ninguém. Ele estava bastante pensativo, não dizendo uma única palavra.

No carro o silencio era suspenso pelas musicas que tocavam na rádio, e ele não olhava pra mim, e sim pela janela onde mantinha a cabeça encostada no banco em uma expressão muito meditativa.

Agora chegamos no portão da casa. Destravei as portas e o puxei em um beijo, mas dessa vez foi mais suave...

--Entra comigo. - ele disse

--Não é uma boa ideia. - afirmei

--É logico que é!!! Você é o meu namorado... - ele disse corando.

-- Mas e o seu pai! Ontem ele faltou atirar na minha testa! - falei;

--Pouco me importo se o meu pai vai querer ou não! Está na hora de eu assumir as rédeas da minha vida, e não mais outras pessoas.

--Mas... - disse

--Quando a gente começou a namorar... Estávamos cientes, de tudo certo?

--Olha eu também quero ficar com você... Mas se isso significa ver você brigado com o teu pai... - o encarei;

E o Playboy se Apaixona de VerdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora